sexta-feira, setembro 09, 2011

Mendes critica inacção do Governo na redução da despesa

Li aqui um texto do jornalista Luciano Alvarez referindo que “o ex-líder do PSD, tal como já tinha feito durante o Governo de Sócrates, apresentou uma extensa lista com propostas de extinções e fusões de entidades públicas. Marques Mendes, ex-presidente do PSD, afirmou nesta quinta-feira à noite que “é preciso concretizar” a redução da despesa, nomeadamente através de fortes cortes no aparelho do Estado, salientando que anunciar a intenção não é suficiente. Se o Executivo não concretizar esta iniciativa, “perde o capital de esperança que acumulou”, vaticinou. No seu comentário habitual no programa Política Mesmo, na TVI 24, Mendes, tal como já tinha feito durante o Governo de José Sócrates, apresentou uma lista com propostas de extinções e fusões de empresas públicas, institutos públicos, direcções-gerais e órgãos consultivos. Uma lista ainda mais extensa do que a anterior. “O Governo diz que a consolidação orçamental vai fazer-se: dois terços pelo lado da redução da despesa e um terço pelo lado do aumento da receita. Ainda bem. Só que não chega anunciar. É preciso concretizar”, sublinhou. Para o antigo líder dos sociais-democratas, é preciso, “sobretudo, concretizar o emagrecimento da máquina do Estado. O monstro do Estado não pode continuar descontrolado e a sugar tantos recursos e impostos”, disse. Mendes, que já na semana passada, no mesmo programa televisivo, tinha tecido fortes críticas à política fiscal do Governo, com destaque para o aumento de impostos, afirmou que a lista que revelou é um contributo de sugestões que dá ao Governo para os cortes a realizar na máquina do Estado, com as respectivas vantagens: “Haverá menos despesa; o fim destes serviços faz o Estado poupar e muito; haverá menos clientelismo; estas decisões levarão ao fim de dezenas e dezenas de cargos dirigentes e menos burocracia, e o cidadão sairá a ganhar com menos estruturas burocráticas.” O ex-presidente do PSD, que citou alguns exemplos dos cortes, extinções e fusões, deixou um alerta ao Governo de Pedro Passos Coelho. Lembrou que se os cidadãos virem o Estado a dar também o exemplo de emagrecimento das suas estruturas, “confiam nas medidas tomadas e até aceitam bem os sacrifícios que há a fazer.” “Se ao contrário, os cidadãos só vêm mais impostos e reduções apenas nas despesas sociais, sem que haja cortes a sério na máquina do Estado e na burocracia estatal, então começam a desconfiar e o Governo vai perdendo o capital de esperança que acumulou”, concluiu”.

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