sexta-feira, maio 13, 2011

Portugueses têm cada vez menos capacidade de poupança

Escreve o jornalista do Económico, Rui Barroso que o “indicador de poupança da APFIPP e da Universidade Católica voltou a cair e esperam-se novas descidas nos próximos trimestres. Poupar é um verbo cada vez mais difícil de conjugar para os portugueses. A APFIPP e a Universidade Católica revelaram hoje que o indicador de poupança "desceu de 86,8 em Março para 84,9 em Abril 2011. O Indicador tem sofrido uma tendência descendente desde Junho, apontando para uma diminuição da taxa de poupança (em % do PIB) das famílias Portuguesas e encontra-se agora significativamente abaixo da sua média histórica de 95,5" Quer isto dizer que deverá ter existido uma diminuição da poupança nas famílias de cerca de 0,6-0,8% do PIB no primeiro trimestre. Além disto, o estudo refere que "o indicador de capacidade de poupança das famílias do inquérito da Comissão Europeia voltou a diminuir em Abril em resultado do aumento da taxa de desemprego e dos impostos, que afectam negativamente os rendimentos das famílias, e do acréscimo da inflação, que agrava os gastos de consumo até nos bens de primeira necessidade". Hoje, por exemplo, ficou a saber-se que os preços tiveram uma subida mensal de 4,1% em Abril. E as novas medidas que Portugal terá de adoptar para corrigir as contas públicas tornarão a poupança ainda mais difícil. "Estas tendências deverão manter-se nos próximos trimestres devido à aprovação das novas medidas de austeridade e à pressão continuada dos preços das matérias-primas, nomeadamente dos bens energéticos e alimentares, na inflação", conclui o relatório da APFIPP e da Católica

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