Li no Correio dos Açores que “uma auditoria às contas do Instituto de Acção Social dos Açores, realizada em 2009, revelou que os saldos das contas bancários não estavam certos. A notícia foi avançada pela Antena 1 Açores que adianta ainda que a análise às contas do Instituto, que mais tarde se fundiu com o Instituto de Regimes de Segurança Social, revela que houve dinheiro do fundo de maneio que foi furtado em Angra do Heroísmo - quatrocentos euros - e mais tarde reposto de forma contabilisticamente incorreta. O relatório da auditoria, que a Antena 1 teve acesso, revela a existência de várias deficiências nas contas do instituto. Não houve propriamente irregularidades graves, mas foram registados muitos erros e falta de rigor na apresentação dos números. Ainda de acordo com a Antena 1 as maiores falhas estavam nas contas bancárias. Houve mapas de reconciliação com contas que já não existiam e movimentos em trânsito que estavam encerrados há, pelo menos, três anos. O saldo de uma conta que o Instituto tinha no BANIF, por exemplo, apresentava uma divergência entre o extracto e a declaração da instituição, de mais de 300 mil euros. Havia também outras contas no BES, que apesar de terem sido encerradas em 2002, continuavam a apresentar movimentos em trânsito por regularizar. Segundo a Antena 1 em 2009, desapareceram também 400 euros do fundo de maneiro da Divisão da Acção Social de Angra do Heroísmo, verba que segundo o relatório, foi alvo de furto. O dinheiro terá sido reposto mais tarde mas registado de forma incorreta. O caso que mais estranheza provocou aos auditores do Tribunal de Contas foi o secretismo que rodeava as operações extra-orçamentais do Instituto de Acção Social. O relatório diz que as operações não estavam discriminadas e, que além disso, tinham um código de aceso próprio, inacessível ao utilizador comum e sem explicações adicionais. Por tudo isto, o Tribunal de Contas deixa um rol de recomendações ao Governo e dá um prazo de seis meses para que tudo fique regularizado”.
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