quarta-feira, abril 27, 2011

Europa está a pressionar troika a adotar medidas duras

Segundo os jornalistas do Expresso, Anabela Campos e Rosa Pedroso Lima, "Carvalho da Silva liderou a delegação da CGTP (em cima) e António Saraiva a da CIP. Parceiros sociais foram em peso ao Terreiro do Paço. As negociações mais definitivas deverão ocorrer no início de maio, por isso, algumas das coisas que estão agora a ser colocadas como possibilidade poderão não acontecer. Uma delas é a chamada ‘desvalorização fiscal’, um mecanismo que passa pela subida do IVA nas taxas intermédias e uma descida da contribuição das empresas para a Segurança Social. O PSD já admitiu que gostaria de ver aplicada esta medida. Como contrapartida da ‘desvalorização fiscal’ — cuja finalidade seria sobretudo baixar os custo de trabalho e aumentar a competitividade das empresas exportadoras —, poderá haver imposição de medidas administrativas em sectores que operam em áreas mais protegidas da concorrência. Nesse caso admite-se, por exemplo, redução de subsídios a algumas indústrias e a renegociação de contratos, nomeada na área da energia renovável. Patrões e sindicatos também foram ouvidos pela troika que “não manifestou qualquer sugestão” ou “avançou qualquer medida”, sobre mexidas a introduzir no mercado de trabalho, na lei laboral ou nos salários e pensões. No entanto, não têm dúvidas de que “está muito bem informada”, diz António Saraiva, da CIP e que vêm a Portugal “com um projeto extremamente duro” para aplicar, completa João Proença. Como o seu colega da Intersindical, Proença também anteviu nos representantes da UE e do BCE o lado mais implacável das negociações. “Na delegação, a ortodoxia neoliberal é representada pelas instituições europeias”, diz Carvalho da Silva, para quem “o delegado do FMI parece quase de esquerda” ao lados dos seus parceiros negociais”.

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