quarta-feira, dezembro 15, 2010

RTP: PSD sub-representado no relatório de pluralismo na RTP pelo terceiro ano consecutivo

Diz a jornalista Maria Lopes do Publico que "pelo terceiro ano consecutivo, em 2009 o PSD ficou sub-representado na informação político-partidária nos canais estatais, conclui o relatório anual da ERC sobre o pluralismo no serviço público de televisão.O relatório ainda não foi tornado público pela Entidade Reguladora para a Comunicação, mas o conselho regulador está a ser ouvido esta manhã na comissão parlamentar de ética e foi questionado sobre os dados enviados aos deputados. De acordo com a leitura efectuada pela deputada social-democrata Carla Rodrigues na comissão, há uma “sub-representação do PSD” nos vários canais de serviço público – RTP1, RTP2 e RTPN, mas também RTP Açores e RTP Madeira -, que ficou sempre abaixo dos valores de referência definidos pela ERC em 2007, 2008 e 2009. A parlamentar quis saber o que a ERC pretende agora fazer perante estas conclusões e anunciou que o PSD vai entregar um requerimento para que o Director de Informação da RTP seja ouvido na Comissão de Ética sobre o assunto. O presidente da ERC confirmou essa “tendência consolidada para a sub-representação do principal partido da oposição”, mas afirmou que tal situação “não surpreende” e revelou que se mantém o diferendo entre o regulador e a RTP sobre a interpretação do que deve ser o pluralismo político-partidário. “Aparentemente, o serviço público de televisão considera que o pluralismo é rico e suficientemente respeitado se for cumprido o nosso parâmetro, ou seja, se tivermos metade para o Governo e metade para oposição”, disse Azeredo Lopes. Porém, o entendimento do conselho regulador considera que além da distinção entre Governo e oposição, não se pode agregar a oposição como um todo, apagando as diferenças da representação eleitoral de cada partido. Além da pouca representação do PSD a ERC considera também que a RTP não assegurou a presença de outras entidades como os sindicatos, partidos que não estão no Parlamento e outras associações da sociedade civil com ligações políticas. Assim como também não têm presença significativa nos serviços de televisão nacional as duas regiões autónomas".

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