Irlanda corta nos apoios às crianças, pensões e salários dos ministros

Escreve o jornalista Nuno Carregueiro do Jornal de Negócios que "os deputados irlandeses aprovaram esta noite o orçamento que corta nos apoios sociais das crianças, nos salários dos políticos e nas pensões mais elevadas. Os deputados irlandeses aprovaram esta noite o orçamento do estado, que o ministro das Finanças do país diz se o necessário para “lidar com a pior crise na nossa história”. O documento foi aprovado com 82 votos favoráveis e 77 contra. “Tem sido um tempo traumático e preocupante”, disse o ministro das Finanças, Brian Lenihan, citado pela Bloomberg. Apesar das medidas de austeridade terem já sido reveladas antes do país ter activado o pedido de ajuda internacional, hoje várias delas foram detalhadas. Entre aumento de impostos e corte na despesa, o ajustamento orçamental totaliza 6 mil milhões de euros. Uma “factura” que vai ser paga sobretudo pelos trabalhadores com salários médios, as famílias e os beneficiários de apoios sociais, noticia o “Irish Times”. Entre as medidas a adoptar em 2011, o Governo decidiu aumentar a base tributária dos contribuintes ao cortar os benefícios fiscais em 10%, cortar em média de 4% nos apoios sociais e subir os impostos sobre os produtos petrolíferos. As pensões acima de 12 mil euros vão sofrer reduções de 4%, os salários dos ministros cortados em 10 mil euros por ano e do primeiro-ministro em 14 mil euros. O salário dos funcionários do Estado passa a ter limite máximo de 250 mil euros. Os apoios sociais às crianças descem 10 euros por mês e aos desempregados sofrem um corte de 8 euros por semana. Tal como já tinha sido anunciado, o salário mínimo sofre um corte de um euro para 7,65 euros".