Escreve o Económico, num texto do jornalista Luís Leitão que "a Optimize revela que os jovens de hoje dificilmente terão uma reforma superior a 50% do seu último ordenado. O valor da pensão das gerações mais jovens vai passar de 75% do último ordenado para apenas 50% do último salário. Esta é uma das conclusões da terceira edição do estudo "Reformas & Pensões em Portugal", da sociedade gestora Optimize, apresentado hoje aos jornalistas. De acordo com os cálculos dos especialistas, um indivíduo que hoje tenha 55 anos de idade, pretenda reformar-se aos 65 anos com 40 anos de contribuições, trabalhe desde 1975 e receba um salário mensal de 2.000 euros e todos os anos registe aumentos médios de 1,5%, terá uma perda de rendimento de 31% quando se reformar. Mas no caso de um jovem de 25 anos, que tenha começado a trabalhar em 2005, receba também um ordenado de 2.000 euros, com aumentos médios anuais de 1,5%, e pretenda reformar-se aos 65 anos com 40 anos de contribuições, a perda de rendimento na reforma chega aos 47%. Estes números chamam a atenção dos portugueses para a necessidade de, ao longo da sua vida activa, constituírem um complemento reforma sólido e capaz de, nos "anos dourados", complementar a já anunciada perda de rendimentos. É nesse sentido que Diogo Santos Teixeira, administrador da Optimize, aposta nos planos poupança-reforma (PPR) como uma solução a ponderar pelas famílias. A verdade é que os PPR são hoje um dos produtos financeiros mais populares entre os pequenos investidores: entre 2000 e 2010 as entregas em PPR têm crescido a um ritmo anual médio de 15,9%. "O corte dos benefícios fiscais não tem qualquer impacto no investimento em PPR", referiu Santos Teixeira, dando como exemplo a subida dos montantes das entregas em PPR registados em 2005, quando o Governo aboliu temporariamente os benefícios fiscais à entrada em 2005. Ao nível do valor total da poupança aplicada em PPR, a Optimize revelou ainda que desde 2002 verificou-se uma evolução regular, que se repercutiu num crescimento médio anual de 13%. O estudo realça ainda que quanto mais elevado for o salário, menor será a taxa de substituição, ou seja, menor será o valor da pensão paga pela Segurança social em função do último salário bruto. Contudo, "a diferença é reduzida e levanta questões de equidade social", ressalva Santos Teixeira: tendo em conta uma pessoa com 35 anos em 2010 que beneficie de aumento anual médio de 1,5% e 40 anos de contribuições, com a reforma aos 65 anos vai receber 57,1% do seu último salário se este for de 500 euros ou 53% se este for de 7.500 euros"
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