sexta-feira, setembro 24, 2010

Sondagem: PSD e PS estão tecnicamente empatados

Segundo o Económico, "sem eleições à vista, dois terços dos votos concentram-se nos dois principais partidos. CDS passa a terceira força. PSD e PS estão tecnicamente empatados, longe da maioria absoluta mas com uma ligeira vantagem para os social-democratas e, juntos, reúnem dois terços das intenções de voto. São estas as quatro ideias-chave do barómetro de Setembro da Marktest para o Diário Económico e TSF. Face ao último estudo de opinião, a novidade está no CDS que passa a terceira força política (embora ainda dentro da margem de erro em relação a PCP e Bloco de Esquerda) e no seu líder, Paulo Portas, que se afirma como o líder partidário mais popular com 42% de opiniões positivas, 41% de negativas e um saldo final de 1%. Entre Julho e Setembro (em Agosto a Marktest não recolhe dados), o PSD subiu 0,7 pontos percentuais (p.p.), enquanto o PS recuperou mais do dobro (2,4 p.p.) depois de um Verão marcado pelas incisivas críticas ao projecto social-democrata para rever a Constituição. Ao questionário, 38% dos portugueses não responderam o que, na opinião de André Freire, revela "uma enorme incerteza" face a possíveis resultados eleitorais. Ainda assim, o professor do Instituto de Ciências Sociais sublinha a tendência deste estudo: "Sai consolidada a aproximação entre os dois principais partidos que se iniciou depois de ter sido conhecido o projecto de revisão constitucional do PSD". Com o debate político a estar, actualmente, centrado em torno da dívida pública portuguesa, do aumento dos juros que a República tem pago e no confronto entre PS e PSD em torno da viabilização do próximo Orçamento, os portugueses fogem dos partidos das margens e concentram-se nos dois principais. Pedro Adão e Silva considera que estes dados provam que "estancou a queda do PSD iniciada no Verão, há um reforço do PS e uma concentração das intenções de voto nos dois principais partidos". O que significa esta tendência? "Sugere que os portugueses têm a expectativa que os dois principais partidos se entendam para consolidar as contas públicas fazendo face à gravidade da situação que o país enfrenta", conclui o sociólogo”.

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