sábado, agosto 07, 2010

Poupança? Número de gestores públicos cresceu 19% desde 2007...

Garante o Jornal I de hoje que "o número de empresas públicas cresceu 20% nos últimos três anos, o que corresponde a mais 16 novas entidades, entre sociedades anónimas e entidades públicas empresariais. Mais significativa foi a subida no número de gestores. Entre 2007 e 2009, os administradores públicos passaram de 377 para 448, o que representa mais 71 administradores ou um aumento de 19% em três anos. Consequentemente, os encargos com as remunerações destes gestores saltaram de 26,8 milhões de euros em 2007 para 32 milhões de euros o ano passado, uma subida de 19,4%, no entanto acompanhada de uma redução do valor médio pago por administração, de 349 mil euros/ano para 344 mil euros. Estes dados constam dos últimos dois relatórios de governo de sociedade das empresas públicas divulgados pelo Ministério das Finanças. Parte importante da expansão do sector empresarial é explicada pela transformação em empresas públicas da maioria dos hospitais, um movimento que se iniciou com o governo PSD/CDS e foi continuado pelos executivos de José Sócrates. Só que também é preciso considerar que houve concentração de hospitais em novos grupos, o que contrabalançou esta tendência.
Nos últimos três anos foram também criadas novas empresas públicas em vários sectores. Parque Escolar, Frente Tejo, Arco Ribeirinho Sul, EMA (meios aéreos), SIEV (matrícula electrónica), Agência Nacional de Compras, várias sociedades Polis e as empresas de cultura - OPART (Teatro de São Carlos e Companhia de Bailado) e Teatro Nacional de São João - são as principais novas sociedades. Pelo caminho, através da entrada em processos de liquidação, ficaram várias sociedades polis (empresas regionais de requalificação urbana). Questionado pelo i sobre o aumento de empresas e gestores públicos, fonte oficial do Ministério das Finanças diz que resulta de "pela primeira vez ter sido possível disponibilizar os dados que permitem a análise da carteira principal de participações do Estado (93), o que se traduziu num acréscimo de dez empresas analisadas de 2008 para 2009". A lista exclui empresas como TAP, Companhia das Lezírias, Imprensa Nacional Casa da Moeda e Sagestamo, detidas pela holding Parpública. Sem comentar a criação de novas sociedades, o Ministério das Finanças salienta a diminuição de 0,6% no valor pago a cada conselho de administração de 2008 para 2009. Os custos anuais por administrador, considerando apenas a remuneração, subiram em 2008, mas desceram ligeiramente em 2009 para 71,4 mil euros. O relatório do sector empresarial revela que foi sobretudo o número de administradores executivos (os mais bem pagos) que cresceu, de 333 para 406 nos últimos três anos. Custo com fiscalização duplica A subir de forma acentuada - quase o dobro - estão os encargos com os órgãos de fiscalização do sector empresarial do Estado, que passaram de 1,3 milhões de euros em 2007 para 2,6 milhões em 2009. O aumento é assumido no último relatório, que o atribui ao reforço dos mecanismos de fiscalização para as empresas, em função da sua dimensão".

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