quinta-feira, fevereiro 04, 2010

LFR: ainda é deputado?

Tanto se fala na dignificação da politica e dos políticos que foi com...surpresa que constatei hoje que este indivíduo, eleito deputado pelo PS dos Açores - associado a recambolescas histórias - afinal continua a ser deputado. E quando manifesto surpresa, faço-o depois de ter seguido o caso que o envolveu contra um jornalista dos Açores por causa de um caso de corrupção e de ter lido no Publico, há pouco tempo isto: "O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu não levar a julgamento o jornalista Estêvão Gago da Câmara, acusado pelo Ministério Público (MP) de atentar contra a honra e consideração de Ricardo Rodrigues, vice-presidente da bancada parlamentar do PS. Num acórdão datado de finais de Setembro, os juízes da Relação negaram provimento ao recurso, confirmando a decisão de não-pronúncia feita pelo Tribunal de Ponta Delgada. Ao PÚBLICO, Rodrigues disse estar "conformado" com a sentença da primeira instância (...) Na sentença da Relação estava em causa um artigo de opinião, publicado no Açoriano Oriental a 8 de Janeiro de 2005, nas vésperas das legislativas. Nesse texto, o jornalista manifestava a sua perplexidade pelo facto de o ex-secretário Regional da Agricultura e Pescas encabeçar a lista de candidatos do PS pelo arquipélago. Considerando que o Parlamento iria ter um deputado que "não deixou nunca de ser um "caso", escrevia: "Rodrigues esteve envolvido com um gang internacional na qualidade de advogado, sócio e procurador de uma sociedade offshore registada algures num paraíso fiscal; advogado/sócio de uma mulher [Débora Raposo] que está foragida no estrangeiro, acusada de "ter dado o golpe" de centenas de milhar de contos à agência da CGD de Vila Franca do Campo". Por tudo isto, "não deveria nunca ter enveredado pela actividade política. Os factos remontam a 2000, quando Rodrigues foi constituído arguido num processo sobre crimes de associação criminosa, infidelidade, burla qualificada e falsificação de documentos. Nesse ano, foram julgadas nove pessoas. A principal arguida, Débora Raposo, professora do ensino básico para a qual Rodrigues trabalhava como advogado, estava foragida. Foi localizada no Canadá, em 2000, numa investigação SIC/Expresso, mas só extraditada em 2007. Nesse ano, foi condenada a seis anos de prisão por burla qualificada e falsificação de documentos. O caso foi objecto de uma reportagem de Gago da Câmara no Expresso (Outubro de 2007)". Mas, enfim, o prestígio da política e dos políticos deve obrigar a outras exigências éticas! Mas foi vê-lo hoje, na discussão da lei de finanças regionais, a funcionar mais uma vez como porta-voz do "corneta" e dos seus ruídos idiotas, repetindo as javardices do costume, tentando travar o processo de discussão da lei de finanças regionais, um deputado que em nada abona a favor da Assembleia da República mas que insiste em querer ser um "moralizador" dos outros. Meta essa prosápia pedante na sacola e ponha-se mas é a andar daí para fora porque as instituições precisam de ser respeitadas.

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