segunda-feira, novembro 23, 2009

Lindo: Taxa de execução do QREN nos 6%!

Revela o Expresso na sua última edição, num texto da jornalista Luísa Meireles, que "Bruxelas garante ajuda de 21 mil milhões de euros até 2013, mas a crise tem dificultado o acelerar dos projectos em Portugal Portugal ainda não ‘descolou’ na execução financeira dos €21,5 mil milhões prometidos por Bruxelas, mas já mostra melhoras: 6,6% é a taxa de execução dos fundos no terceiro trimestre, segundo os últimos dados referentes ao andamento do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN). Em Junho, essa taxa era de apenas 4,6% (e 2,7% em Março), o que motivou fortes críticas da oposição durante a campanha para as europeias. Tanto o PSD como o CDS acusaram o Governo de “gestão desastrosa” e de “desperdiçar” os fundos concedidos a Portugal para o período entre 2007 e 2013. Responsáveis da área consideram que os novos dados ilustram o princípio da saída da crise, visto que um dos factores que contribuíram para os baixos resultados foi a fraca capacidade de investimento dos promotores privados e outras entidades públicas (autarquias). Parte substancial do apoio às empresas (80 a 90%) é feita, precisamente, sob a forma de incentivos ao investimento, e este, no sector privado, terá caído em 2009 entre 15 e 20%. Dito de outro modo, “a partir de agora já não há desculpas”. A taxa de execução continua todavia ainda bastante abaixo da verificada em ciclos anteriores e da própria média europeia. Os dados divulgados pelo Observatório do QREN indicam também que o volume de candidaturas aprovadas se elevou a 38%, o que os especialistas consideram estar em linha com a média europeia. A taxa de pagamento subiu para 20%. Na altura da discussão do programa do Governo, o ministro da Economia, Vieira da Silva, que agora tutela os fundos europeus, disse que o seu objectivo era fazer do QREN “um instrumento de combate à crise e de modernização da economia portuguesa”. Um inquérito levado a cabo pela Associação PME Portugal em Setembro dava, porém, conta que três em cada quatro gestores não se reviam nas ajudas e consideravam o QREN “desajustado” às necessidades, mas, segundo o IAPMEI, a maioria dos chumbos das candidaturas deve-se à “falta de mérito” das propostas". É preciso ter lata para ainda falarem, dos outros...

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