Sol já traça cenários se PSD ou PS perderem as eleições...

Escrevem os jornalistas do Sol Helena Pereira e Manuel A. Magalhães que "uma derrota nas legislativas de 27 de Setembro implicará a substituição da liderança no PS… ou no PSD. António Costa e António José Seguro estão na primeira linha de sucessão de Sócrates. Passos Coelho e Marcelo Rebelo de Sousa são os nomes mais fortes para suceder a Ferreira Leite, avança a edição do SOL desta sexta-feira.

PS: Costa e Seguro na primeira linha

Enquanto a direcção do PS aquece motores para a campanha eleitoral, há um outro PS que se agita. Nos bastidores, António José Seguro e António Costa perfilam-se como principais candidatos a sucessores de José Sócrates (com António Vitorino e Carlos César numa segunda linha), se este falhar o poder nas legislativas de 27 de Setembro. Se o PS passar da maioria absoluta para a oposição, Sócrates não terá margem para continuar na liderança. Poucos acreditam que o actual primeiro-ministro fique e ainda menos que, ficando, dê a mão a Manuela Ferreira Leite para a formação de um Governo de Bloco Central. O lugar deixado vago tornar-se-á mais apetecível se o PSD formar um Governo minoritário, ou seja, se os seus votos somados com os do CDS não forem suficientes para atingir a maioria absoluta. Aí, para quem assumir a liderança do PS, será como Durão Barroso disse uma vez: «Tenho a certeza que serei primeiro-ministro, só não sei é quando».
PSD: de Passos Coelho à surpresa Marcelo

Pode Manuela Ferreira Leite perder as eleições legislativas e manter-se na liderança do PSD? «A líder poderá querer ficar. A lista que apresentou, sem dissidentes, parece, aliás, preparada para um Governo de coligação alargada – um Bloco Central», antevê um ex-dirigente. Mas Manuela terá a vida dificultada, pois muitos apontar-lhe-ão a oportunidade perdida para levar o PSD ao poder, quando tinha o vento político a seu favor e o desgaste de Sócrates era enorme. E se a derrota for pesada «não há veleidades que a salvem». Além de Passos Coelho, o primeiro na corrida à sucessão que exigirá um Congresso, outras figuras estarão a postos. O mais inesperado poderá ser Marcelo Rebelo de Sousa. E o facto de, ao contrário de Passos Coelho, não ser um crítico assumido de Ferreira Leite pode ser uma vantagem. «O mais natural num cenário de sucessão é o novo líder sair do grupo que apoiou o chefe cessante», nota um social-democrata".