

Este perito do Centro de Dados da Neve e do Gelo (NSIDC) dos Estados Unidos da América disse ao Expresso que “não há infra-estruturas para resolver problemas, fazer operações de salvamento ou limpar derrames de crude”. Meier garante, porém, que esta carência é reconhecida por todos, “inclusive pelas petrolíferas”, com quem contacta em reuniões multidisciplinares. “Todos têm interesse em evitar um impacto ambiental negativo.”
A corrida ao Pólo Norte resulta do degelo. Um estudo conduzido por Walt Meier revelou que, entre 2007 e 2008, aquela região perdeu 50% do seu gelo perene, isto é, aquele que nunca derretia ao longo do ano. Logo, não só há menos gelo no Árctico como o que resta é mais fino e vulnerável.
O degelo facilita o acesso aos abundantes recursos naturais — 13% do petróleo mundial por descobrir, 30% do gás (na sua maioria a profundidades inferiores a 500 metros, segundo a Agência de Geologia do Governo americano), e minerais como ouro, ferro, níquel e diamantes, além da pesca — e abre novas rotas comerciais. Em Setembro de 2008, um navio comercial canadiano percorreu, pela primeira vez, a Passagem do Noroeste, que liga o Atlântico ao Pacífico através do arquipélago polar do Canadá, poupando 10 500 quilómetros entre Londres e Tóquio.
É fácil perceber quão promissor se apresenta o Árctico. Há dois anos o embaixador da Gronelândia na União Europeia falou ao Expresso da possibilidade de criar um porto de águas profundas, onde as mercadorias do Extremo Oriente e da costa ocidental americana seriam transformadas, para entrarem no mercado europeu isentas de taxas, como os produtos gronelandeses. O primeiro-ministro da Gronelândia, Kuupik Kleist, confirma que há um forte desejo de aproveitar o “potencial”, que por enquanto não passa disso. “É um dilema explorar recursos que podem agravar a poluição e as alterações climáticas”, reconhece, prometendo não afrouxar a protecção ambiental. Walt Meier também está preocupado com a poluição, que diz já afectar a vida selvagem do Árctico (o urso polar está oficialmente em risco de extinção desde 2008). A poluição vem, sobretudo, das fábricas da Sibéria, Alasca e Canadá. O aumento da exploração económica só a poderá agravar" (texto do jornalista Pedro Cordeiro, publicado no Expresso)
É fácil perceber quão promissor se apresenta o Árctico. Há dois anos o embaixador da Gronelândia na União Europeia falou ao Expresso da possibilidade de criar um porto de águas profundas, onde as mercadorias do Extremo Oriente e da costa ocidental americana seriam transformadas, para entrarem no mercado europeu isentas de taxas, como os produtos gronelandeses. O primeiro-ministro da Gronelândia, Kuupik Kleist, confirma que há um forte desejo de aproveitar o “potencial”, que por enquanto não passa disso. “É um dilema explorar recursos que podem agravar a poluição e as alterações climáticas”, reconhece, prometendo não afrouxar a protecção ambiental. Walt Meier também está preocupado com a poluição, que diz já afectar a vida selvagem do Árctico (o urso polar está oficialmente em risco de extinção desde 2008). A poluição vem, sobretudo, das fábricas da Sibéria, Alasca e Canadá. O aumento da exploração económica só a poderá agravar" (texto do jornalista Pedro Cordeiro, publicado no Expresso)
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