Será que estamos perante mais uma descarada falcatrua política particularmente do governo socialista de Lisboa? Eu explico, quando Teixeira dos Santos resolveu conceder à Madeira a "esmola", leia-se o aval para que a Região obtenha um empréstimo consignado foi publicada logo uma notícia, no site do Ministério das Finanças e no Portal do Governo socialista. Digamos que mais um exemplo de como a propaganda trabalha feroz e vorazmente, mesmo que atropelando-se os canais de informação. Previsivelmente o PS surgiu a terreiro a defender a sua dama (o governo socialista de Lisboa, só por ser socialista, com o descaramento habitual como se a Madeira não fosse pagar esse empréstimo). Por este andar não me espanta que um dia destes o coitado do Gonçalves Zarco venha a ser julgado e condenado por ser o causador de muito dos nossos males, um deles, o de ter descoberto para a coroa portuguesa, estas ilhas perdidas no Atlântico. Será? A patifaria - da qual ninguém, falou, nem a propaganda que no caso da Madeira se atropelou, nem o PS da Madeira que certamente desconhecia por causa da eficácia do que em propaganda se designa de "filtragem" de sub-cave"... - que os Açores acabaram, a reboque, por levar também 50 milhões. Uma Região que tem milhões para combater a crise, que é um paraíso, que não deve nada a ninguém, que nem quis o programa "Pagar a Tempo e Horas", que é uma espécie de fetiche que alimenta o ego doentio, vaidoso e incompetente de alguns miseráveis mentecaptos que por aí andam, afinal, enchem os bolsos mesmo quando não precisam. É abrir a mangueira e despejar euros numa das regiões mais pobres da Europa e que assim continua há quase década e meia. Mas segundo o Açoriano Oriental, num texto dos jornalista Hélder Blayer "os Açores podiam dispensar o empréstimo de 50 milhões de euros por parte do Governo da República, mas já que está disponível, será uma forma de aumentar o investimento público em 2009, de 10 por cento, para 21 por cento.O Vice-Presidente do Governo, Sérgio Ávila, salienta por isso que os Açores não podiam perder esta oportunidade. Sendo certo que com este empréstimo, cresce a dívida pública da região, de 274 para 324 milhões de euros, também é certo, diz o Vice-Presidente, que o endividamento regional representa apenas 8 por cento do Produto Interno Bruto Açoriano. Enquanto que a dívida do país representa 70 por cento do PIB nacional: ou seja, o nível de endividamento dos Açores é assim, 10 vezes inferior à média nacional e mais de 12 vezes inferior à média europeia. Sérgio Ávila garante que os 50 milhões de euros vão servir na totalidade, para o aumento do investimento público, e para o financiamento de projectos comparticipados pela União Europeia. Nos últimos seis anos, os Açores foram a única região do país e o único sector da administração pública que não contribuiu para o aumento do endividamento do estado.Esta é, para Sérgio Ávila, mais uma razão para que os Açores possam recorrer a este empréstimo". O que dizer perante este descaramento e tamanha hipocrisia que revela a partidarização dos critérios? O que espera o Governo regional para levar este assunto a Cavaco Silva, mesmo que seja, uma vez mais perda de tempo? E onde andará a notícia oficial?
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