sábado, janeiro 24, 2009

Sócrates e o "Freeport"

Não é romance novo mas ressurgiu e ganha espaço na comunicação social, graças sobretudo ao semanário Sol - que não se sabe se será vendido aos angolanos ou se o BCP vai estragar o negócio. Eu não sei que verdade existe, que factos aconteceram, não sei em que pé anda a investigação lusa ou inglesa - será que com o mesmo sucesso demonstrado no caso da miúda inglesa desaparecida, a Maddie? - mas vou-vos dizer uma coisa - e estou-me borrifando se ela pode "escandalizar" alguém: em primeiro lugar, tenho uma enorme dificuldade em ver Sócrates, na altura ministro do Ambiente de Guterres, metido e aldrabices, mesmo que um tio, um primo, um vizinho do tio ou seja lá quem for andem metidos na trampa até ao pescoço. Com o perfil que o primeiro-ministro exibe, e julgo seria o mesmo que tinha quando era ministro, e mesmo ressalvando a trapalhada como geriu o "caso" da Independente, não vejo Sócrates metido em esquemas de luvas, de corrupção ou outra suspeições que por aí vão. Sinceramente. Quem sabe se no meio de tudo isto não andarão pressões para que o silêncio seja comprado com uns fretes do governo socialista em matéria de publicidade para salvar a face de grupos empresariais da comunicação social falidos ou em pré-falência? Mas uma coisa é certa: Sócrates precisa de limpar esta polémica e a suspeição que ela alimenta, porque, caso contrário, nem termina a Legislatura. Registo com satisfação a posição que sobre este assunto assumiu Manuela Ferreira Leite. Acho que foi digna. E que deve ser mantida em situações semelhantes, mesmo que do outro lado não haja uma mesma atitude.

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