sábado, janeiro 24, 2009

Sócrates ataca o "grupo dos 5" (com Júlia Caré)

Segundo o DN de Lisboa, num texto intitulado "O grupo dos cinco", Manuel Alegre, Teresa Portugal, Júlia Caré, Eugénia Alho, Matilde Sousa Franco são os deputados socialistas que dele fazem parte: "Sentam-se na última fila, quase sempre juntos. E votam invocando consciência, coerência e respeito por quem os elegeu. Votam amiúde contra o Partido Socialista. Ontem, de novo. "Sim" ao projecto do CDS, que insistia em suspender a avaliação dos professores, propondo um modelo alternativo. Os cinco confirmaram o "sim" que tinham dado já em Dezembro. Imunes à dramatização que se ouviu durante a semana (Alberto Martins comparou mesmo esta votação a uma moção de censura ao Governo) e aos adjectivos com que minutos antes Santos Silva brindou os que votavam ao lado do CDS. Votaram "sim" e pronto. Quebrando uma vez mais a disciplina de voto. São o grupo dos cinco. A Alegre ninguém lhe toca, o mesmo é dizer, faça o que fizer, nem tentam que mude de ideias. Já as outras quatro deputadas têm sentido o peso da maioria. Muitas vezes (aconteceu no código laboral e na avaliação dos professores) chamadas pela direcção a reflectirem sobre as consequências. Não cedem mas sofrem! Ontem até Jaime Gama exerceu o seu direito de voto. O presidente da AR é o único que pode votar ou não. E só a ele cabe essa decisão. A sala, apinhada, deixava transparecer um nervoso miudinho, disfarçado pelo tom afirmativo e acusatório do ministro dos Assuntos Parlamentares. Denunciando tácticas e chantagens, quase citando Cavaco Silva: "Deixem as escolas trabalhar." Na bancada do PS, apesar de rendida à tese da chantagem, terá havido quem pensasse: "Deixem-nos votar." O debate disciplina/liberdade de voto segue, suspeita-se na próxima legislatura. E o grupo dos cinco ainda lá estará?". Entretanto sobre este tema ficamos a saber num texto do jornalista do Publico Pedro Garcias, que "o primeiro-ministro, José Sócrates, acusou a oposição de “oportunismo” na questão da avaliação dos professores, mas criticou também os deputados socialistas que votaram a favor da proposta do CDS-PP."Vejo muita gente do PS a achar que não devemos fazer alianças com o CDS, mas vi agora alguns elementos do PS a votar com o CDS, e não gostei", afirmou.Sócrates centrou, no entanto, as críticas nos partidos da oposição. "Acho lamentável que no país a única instituição que quer a avaliação seja o Governo. Todos os partidos votam as moções uns dos outros apenas para impedir o processo de avaliação. Lamento ver tanto oportunismo de todos os partidos com o único objectivo de se oporem ao Governo", afirmou. Sócrates voltou a insistir que suspender a avaliação significaria um retrocesso na área da educação, acrescentando que "o que o Governo quer é melhorar o sistema educativo” lamentando, ao mesmo tempo, que seja Executivo “o único a prosseguir com esta reforma”.

Sem comentários:

Enviar um comentário