Quando anda toda agente por aí preocupada com as bolsas, com a crise mundial, e com não sei mais o quê, tudo questões importantes para os países mais ricos e especulativos de um sistema capitalista mundial, corrupto, descontrolado, manipulador e em degradação acelerada, quanto sofrimento vai por esse mundo fora que dele nem nos lembramos?! E nem falo da África que sofre a fome e imensas privações num desumanismo que devia envergonhar qualquer pessoa que queira ser tida por séria. Em África nem sequer existem bolsas, nem a quantidade imensa de oportunistas interessados em encher a pança. Em África ou se sobrevive ou morre-se. Vem isto a propósito de um vídeo que me enviarem, intitulado "Heróis anónimos", que relata o drama de uma mãe mexicana, uma avó, "obrigada" pela filha (que teve outros dois filhos) a olhar pelo neto doente com paralisia cerebral. Uma avó que éi mãe ao mesmo tempo. Só me espanta que ainda exista quem não saiba dar valor a quem merece que se lhe dê o mundo inteiro, agredindo-a, marginalizando-a, ofendendo na sua dignidade, a avó ou a mãe que é o que de mais valor temos enquanto por cá andamos. Um vídeo que me tocou profundamente, alma dentro, emocionando-me, confesso. Há coisas que só vendo, há valores que só vendo, há avós e mães que só vendo. Para que lhes possamos dar o valor, para que percebamos as suas prioridades, os seus amores, no meio de uma vida quotidiana quase miserável. Sem queixume, sem tempo sequer para chorarem. Vejam se quiserem saber o que são problemas e dramas na vida de uma pessoa:
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