segunda-feira, outubro 13, 2008

Mais notícias da crise

Taxas Euribor registam forte descida - Segundo a jornalista do DE, Eudora Ribeiro, "as maturidades do mercado monetário interbancário europeu registaram hoje uma descida generalizada, depois de os chefes de Estados e governos da zona euro terem ontem anunciado medidas para estabilizar o sistema bancário. A Euribor a 6 meses desceu para os 5,367%, o valor mais baixo dos últimos nove dias, numa altura em que as bolsas europeias estão em forte alta, a recuperar dos tombos acentuados registados na semana passada.Por sua vez, a Euribor a 3 meses situa-se agora nos 5,318%, e a taxa a 12 meses recuou para os 5,425%";

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"Esta crise internacional é uma grande lição" - O comentário de Fernando Ulrich, do BPI, aqui, na SIC;
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Oposição dividida com medida do Governo
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Orçamento de Estado 2009 - A análise do jornalista da SIC, José Gomes Ferreira, aqui;
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Governo dá benefícios fiscais para relançar arrendamento e combater crise imobiliária - Li aqui que o Governo "vai incentivar o arrendamento de casas, aliviando a carga fiscal sobre proprietários e inquilinos. É uma das medidas para enfrentar a crise previstas no Orçamento de Estado. O documento está a ser concluído e será entregue amanhã.A subida dos juros e as restrições ao crédito estão a dificultar a compra de casa. É por isso que, neste cenário de crise, o Governo vai tomar medidas orçamentais para relançar o arrendamento e ajudar a ocupar as casas que não se vendem. Senhorios e inquilinos podem esperar um alívio da carga fiscal";
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Bispo de Leiria-Fátima lança críticas ao mundo
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Sector da construção está em crise há cinco anos
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Sócrates e PS beneficiam com o agravar da crise - Escrevem as jornalistas do Diário Económico, Susana Represas e Tatiana Canas, que “com três anos de mandato cumpridos, e uma crise financeira e económica à perna, Sócrates continua a ser o preferido dos portugueses. As explicações variam, mas uma coisa é certa: desde que os portugueses têm sido bombardeados com notícias sobre a quebra dos níveis de confiança, a falência de bancos no estrangeiro, desvalorizações históricas nas bolsas, as intenções de voto no Partido Socialista têm-se intensificado. “Num mundo de incerteza, o eleitorado acaba por sentir que é melhor não mexer no que está”, diz o historiador, Rui Ramos. José Miguel Júdice acrescenta que “é preferível manter o demónio conhecido a optar pelo demónio desconhecido”.Mas um outro dado tem ajudado o PS a somar votos: o silêncio da líder da oposição. “As pessoas não conhecem as ideias do PSD porque o partido continua embaraçado em questões internas”, comenta Maria José Nogueira Pinto e hoje “as pessoas querem alguém que tome decisões e governe”;
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Europa oferece aval multimilionário aos bancos - Luís Rego do Diário Económico escreve hoje que “um contra-relógio antes da abertura dos mercados, os líderes da zona euro decidiram ontem numa reunião de urgência em Paris seguir os passos do governo britânico, adoptando um plano que coloca de novo o Estado no centro da actividade bancária. Um acordo sem montantes que propõe respostas aos governos no combate à crise: recapitalizar os bancos em dificuldades, comprar os seus activos ou trocá-los por títulos do tesouro e, à discrição, fornecer um aval multimilionário para desbloquear as operações de refinanciamento no mercado interbancário. Chegou portanto a hora de abrir os cordões à bolsa para restituir a confiança dos agentes. Até à cimeira de líderes da próxima quarta-feira, todos os países deverão indicar que medidas deverão tomar para restaurar a confiança dos agentes no seu país. Portugal já fez a sua parte com o aval de 20 mil milhões de euros – mais de 11% do PIB. “São essas as iniciativas que esperamos dos diferentes países e amanhã haverá mais anúncios”, disse Durão Barroso, presidente da CE. Como explica Didier Reyenders, ministro das Finanças belga, “já gastamos 12,9 mil milhões, a Holanda 36”, o Reino Unido 64, Espanha 30 e fala-se num bolo de 100 mil milhões em garantias na Alemanha: “somando tudo, teremos um grande fundo europeu”. José Socrates, o primeiro-ministro português, explica que “a Europa se muniu de uma estratégia de garantias ao sistema bancário para dar a liquidez indispensável ao financiamento da economia – o problema mais urgente”.
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12 milhões de americanos estão sem dinheiro para pagar a casa - Stephanie e Jason Kirschenman trabalham ambos numa fábrica dedicada à produção de ganchos para atrelados. Em 2004, decidiram avançar para a compra de um T4 novinho em folha em Lodi, um subúrbio californiano, por 458 mil dólares. Suportados, claro, por um crédito bancário. Esperavam fazer um grande negócio e a verdade é que, durante anos, o imóvel esteve avaliado em 550 mil dólares. Recentemente, o valor da casa dos Kirschenman foi revisto para os 380 mil dólares. “Estamos chocados”, dizem ao Wall Street Journal (leia a reportagem da edição impresa do DE);
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Casas ficam por pagar - "Cresce o número de sobreendividados que recorrem à DECO para obter apoio a fim de renegociar o pagamento das dívidas aos bancos. Entre Janeiro e Setembro foram 1323 as pessoas que recorreram à Associação de Defesa do Consumidor. Mais 200 do que em igual período do ano passado. É o valor mais alto de sempre. O agravar galopante das taxas de juro é a principal explicação para cada vez mais pessoas falharem as mensalidades. Algumas pessoas que pedem ajuda chegam a ter dez a 15 créditos, muitas acabam por não conseguir honrar os compromissos e perdem os bens. Com 50 anos, Clotilde Costa, divorciada com oito filhos, integra a lista dos que perderam a habitação por dívidas ao Fisco. "Nunca pensei passar por isto", conta depois de há um ano, a vivenda dos seus sonhos, em Brejos de Azeitão, concelho de Palmela, ter sido vendida. Mergulhada em dívidas, Clotilde Costa, recorreu então à Protecção Jurídica, no Seixal, para poder impugnar a venda. O pedido viria a ser recusado, pelo que foi junto de pessoas amigas que Clotilde Costa conseguiu mil euros para um advogado tratar da impugnação. Avaliada em 210 mil euros, a casa viria a ser vendida por 80 mil euros a fim de ser saldada uma dívida às Finanças de Setúbal de três mil euros. Clotilde impugnou a transacção porque alega que a venda foi realizada sem o seu conhecimento" (leia aqui o texto do jornalista do Correio da Manhã, João Saramago);
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Merkel diz que planos de resgate só irão funcionar com uma melhor regulação - "A chanceler alemã Angela Merkel afirmou hoje que os planos de resgate dos bancos só irão funcionar se vierem acompanhados de uma melhor regulação internacional, que ponha "fim aos excessos do mercado". "As medidas de hoje são o primeiro elemento de uma nova carta para o mercado financeiro, mas só valerão a pena se vierem acompanhadas de um segundo elemento, em particular uma mudança nas regras internacionais", afirmou a chanceler, citada pela AFP."Vimo-nos confrontados com os excessos do mercado", insistiu Merkel depois do seu gabinete ter aprovado um plano nacional de resgate bancário.A Alemanha pretende adoptar um plano de resgate de 480 mil milhões de euros para suportar o sistema bancário do país, que inclui um aval de 400 mil milhões de euros para empréstimos interbancários e 80 mil milhões para recapitalizar bancos em dificuldades.O governo alemão reuniu-se nesta segunda-feira em conselho de ministros extraordinário para aprovar o plano, que será submetido aos deputados no decorrer da semana";
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Bill Gates acredita que EUA estão a caminho de "uma significativa recessão" - O fundador da Microsoft, Bill Gates, afirmou que a economia norte-americana está a caminhar para uma "significativa recessão" , e que a taxa de desemprego do país poderá superar os 9%. O aumento da dívida pessoal e governamental está a contribuir para o abrandamento económico norte-americano, afirmou Bill Gates na Universidade de Economia e Gestão de Harvard, segundo a Bloomberg.Para o fundador da maior empresa de “software” do mundo, os riscos das dívidas estavam escondidos uma vez que até há pouco tempo existiam poucos incumprimentos e outros sinais de que a economia tem estado com problemas.Sem a consciencialização de como a economia está verdadeiramente, as pessoas a aumentam o seu endividamento e correm riscos, o que leva a perigos “verdadeiramente incríveis.”;
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Mário Soares diz que plano da UE é incapaz para resolver a crise - "O antigo Presidente da República Mário Soares concorda com o recente plano da União Europeia para afrontar a crise financeira internacional, mas considera-o incapaz de a resolver, porque se exige uma mudança de sistema capitalista."Não é protegendo os banqueiros e os políticos, que são os principais responsáveis pela crise, que esta se desvanece", sublinhou em declarações à agência Lusa, reconhecendo, contudo, ao plano da UE o mérito de vir "acalmar as bolsas".Mário Soares, que hoje esteve em Coimbra a participar numa conferência lusófona de geociências, sustentou que a crise se resolve pensando nas pessoas, nos pequenos accionistas, nas pessoas que estão desempregadas" (aqui);
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Bruxelas esclarece regras de intervenção dos Estados na banca - Segundo a jornalista do Jornal de Negócios, "a Comissão Europeia divulgou hoje os grandes princípios que quer ver respeitados pelos Governos europeus nos planos de resgate do sector financeiro que estão a ser anunciados na generalidade dos Estados-membros. Bruxelas, que tem a responsabilidade última de garantir que os esquemas de apoio estatal não distorcem as regras de concorrência nem criam situações de maior fragmentação do mercado europeu, sublinha que as ajudas de Estado subjacentes às garantias de empréstimo e às injecções de capital nos bancos, devem ser temporárias e disponibilizadas a todas as instituições financeiras, independentemente da sua nacionalidade".

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