Reis de aldeola
Há por aí uns tipos que por terem ganho a chave a casa de banho há uns anos, às costas de outros – que depois, pela surdina, criticavam, numa demonstração de desonestidade que provavelmente tem a ver com a educação recebida, ou não, no momento próprio, omissão que a confirmar-se não tem agira remédio – julgam-se vedetas de uma política doméstica que também tem que aturar de tudo. Primeiro foi o deslumbramento pelo poder, oi encanto que a “cadeira” desperta nalgumas mentes até então menos ambiciosas e que demoraram anos a perceber como chegaram aonde chegaram. Depois foi a montagem da “teia” que lhe garantisse a sobrevivência e secasse alternativas. Ao longo deste percurso vários episódios que só mais para a frente poderemos falar, revelam que o poder tem sempre uma outra face, a mais negra, que acaba por manipular os impreparados. O deslumbramento, o estatuto social, o mediatismo na comunicação social, tudo isso conjugado, dá-lhes a sensação que é chegado o momento para tratarem da vidinha. Ao longo do ano não passam de discretos “reis da aldeola” que falam, falam muito, mas os outros é que fazem tudo. Não eles, porque ou não sabem, ou não têm competência, ou não têm dinheiro. Mas quando se trata de falar deles, de tratar da imagem, aí tudo serve porque os recursos aparecem logo. Festas, é só pedir. Mas tudo isso seria normal – mesmo o que aparentemente é reprovável, mas que infelizmente também passa a normal – se soubesse comportar-se, se pudessem olhar-se ao espelho e não terem vergonha da figura que vêm. Podia inclusivamente fazer parte de grupos de intriga político-partidária que por aí andam com a baba a lhes cair pelo focinho, à espera do “bife de lombo” que é o mesmo que dizer a conquista do poder porque é essencial à sobrevivência, custe o que custar. A mim não me incomodam, porque quando vejo uma barata normalmente esmago-a logo. Mas preocupa-me estes “reis da intriga” com a pança cheia, sem coragem de darem a cara, que actuam pela calada, ainda por cima convencidos que são uma espécie de “patriarcas” de uma corporação. Felizmente que há sempre um tempo para tudo. Intrigante? Pois é. E podem ter a certeza que não falo de quem imaginam, porque obviamente falei de “monarcas” de insignificantes ”aldeolas”.
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