Li no site do Jornal de Notícias uma notícia com o título "Jardim contra linha de crédito de "país teso" a Angola que tem petróleo", que o presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, "insurgiu-se hoje que um "país teso como é Portugal" conceda crédito a uma Angola com "petróleo e diamantes" e recuse à Madeira a possibilidade de contrair empréstimos para o seu desenvolvimento. "Angola tem petróleo, diamantes e tem mais não sei o quê, um país teso como Portugal vai a Luanda abrir linhas de crédito e a Madeira, que precisa de créditos que é a Madeira que paga, o primeiro ministro proibiu a Madeira de recorrer ao crédito", disse. "O que eu peço é que não criem problemas aos outros, é que não criem problemas ao povo madeirense e que não se vinguem no povo madeirense por razões que são meramente partidárias até porque é feio, estar-se a vingar num povo que está a trabalhar, que está a desenvolver Portugal, aqui, nestas ilhas do Atlântico", acrescentou". Ora basta ler atentamente o texto para percebermos a má-fé, a manipulação ou uma deliberada deturpação que é feita das declarações do líder madeirense: ou não será que Alberto João Jardim afirmou que era contra a abertura de linha de crédito, para Angola ou para o Pólo Norte, por parte de um governo que fecha a porta a tudo o que se relacione com a Madeira? Não foi? Então convido a que leiam tudo de novo. E já agora, porque Cavaco anda por lá, vão á região do Tâmega e Vale do Ave, uma das mais pobres do país devido ao encerramento de empresas e aumento do desemprego, e façam a mesma pergunta. Que tal? Deixem-se de asneiradas porque o que se passa é que Portugal continua a olhar para os países africanos com um sentimento colonial, mais interessado em explorar as suas riquezas e em recuperar posições e privilégios perdidos. O colonialismo de Lisboa não terminou. O que vale é que os africanos sabem disso.
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