quinta-feira, julho 03, 2008

Jornal da Madeira (VII)

Subjacente a todo este processo - e curiosamente há um bi-mensário que dá uma notícia que dispensa mais comentários quanto ao tratamento dado a jornalistas... - há o aspecto humano, mais de 100 trabalhadores, em relação aos quais terá que ser encontrada uma solução. Salvo se os partidos da oposição - para além de apresentarem propostas ridículas (no caso do CDS) como passar o JM para a Diocese, sabendo que esta não tem condições para tal, ou perfeitamente absurdas (no caso do PS), quando recomenda passar os trabalhadores a funcionários públicos esquecendo que o Governo do PS em Lisboa impôs novas regras para a admissão de funcionários públicos e que uma empresa da área de comunicação social tem profissionais cujas habilitações não são compatíveis com o funcionalismo público, porventura nem sequer suficientes para ingressarem no quadro, caso tal cenário fosse possível - há uma questão humana que tem que ser resolvida, independentemente do facto do Governo Regional, conforme anunciou João Jardim, estar a trabalhar numa alternativa. Porventura será fácil despedir um trabalhador com base em argumentos que depois caiem por terra, readmitindo-o, do que fechar uma empresa de um dia para o outro e mandar 100 pessoas para o desemprego. Para a oposição - julgam eles - isso seria "bom" porque dava-lhe votos já que o poder pagaria nas urnas pelo que fez! Mas esquecem-se que os visados, caso isso acontecesse - não vai acontecer - saberiam quem responsabilizar em primeira instância. Repito, alguma coisa terá que ser feita, há uma lei que inevitavelmente terá impacto no JM, e ao Governo Regional o interessa protelar muito mais tempo uma situação que dificilmente consegue reunir apoio da opiniáo pública, particularmente, e só, pela amplitude do ónus que ela implica. Mas para isso temos que acabar com uma certa perspectiva de que existe algum amadorismo, alguma acomodamento (tipo "deixa andar") e que depois são procuradas soluções de remendo como se tudo isso fosse normal. Não é.

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