quarta-feira, julho 16, 2008

A entrevista de Jaime Gama a Flor Pedroso (II)

MFP – …é sinal de que havia aqui a necessidade de manifestação de solidariedade…
JG – Sabe, eu tenho o meu julgamento sobre a realidade, e aquilo que digo é em função do que penso e não em função do que oiço e não em função do que acho adequado que seja dito para obter um efeito. Tudo o que disse a esse propósito, mantenho, sem lhe alterar uma vírgula.
MFP – Inclusivamente em declarações ainda na Madeira, à jornalista Lília Bernardes, quando ela lhe lembrou a história de ter chamado Bokassa a João Jardim, lhe dizia que estamos longe dessa época, o que importa é o futuro. Que futuro é esse?
JG – O futuro do progresso das Regiões Autónomas e do progresso do Pais. Isso é o que interessa. E por isso só os resultados contam e não o que dizem os pequenos comentadores na cauda dos acontecimentos…
MFP – Dr. Jaime Gama lembram-se desta frase de Alberto João Jardim sobre si: “Jaime Gama é um “Mussolini”. Afinal não há só um tonto no PS, há vários”. Esta frase é de Julho de 2007…
JG – É um estilo e uma linguagem que eu registo…
MFP… – de um “grande combatente da democracia”...
JG – É uma declaração de combate…
MFP – …claramente, mas como diz Almeida Santos, Alberto João Jardim é um “descomandado na oratória”.
JG – Olhe, é um comentário também.
MFP – Já agora, porque falou de futuro, quando fez estas declarações na Madeira, vários camaradas seus puseram a hipótese do senhor estar apensar noutro futuro em termos de carreira política… Belém? Candidatura presidencial?
JG – É sempre a versão conspirativa da história e da política…
MFP – O senhor não a tem?
JG – Não, não a tenho, aliás ela não conduz a lado nenhum nem vale nada. E creio que quem a tem, não vai muito longe.
MFP – Porque acha que os seus camaradas na Madeira se sentiram ofendidos consigo e até protestaram? Perceberam tudo mal?
JG – É um direito que têm.
MFL – Concerteza, mas porque fizeram isso?
JG – Não lhe posso responder, tem de lhes perguntar. Só posso responder pelo que penso e digo
MFP – Acha que Alberto João Jardim é um democrata?
JG – Acho que é um combatente em democracia. Um combatente e isso ninguém tem dúvida.

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