Opinião: "JORNALISTAS NÃO SÃO ASSESSORES DA SELECÇÃO"
Um excelente artigo de Mário Bettencourt Resendes, colm o título em epígrafe, publicado hoje no DN de Lisboa, bem a propósito: "Uma imensa onda de entusiasmo e expectativa parece ter contagiado boa parte da Nação. Sintonizam- -se os espaços interactivos que hoje se multiplicam nas rádios e ouvem-se as vozes populares dominantes assegurar que "o País está com a selecção"; as bandeiras habituais começam a surgir nas janelas e nas viaturas; os espaços publicitários tiram o proveito esperado do Euro 2008; programam-se convívios para assistir em grupo aos jogos de Portugal.Não é uma surpresa, mas sim a repetição esperada do que já aconteceu em 2004 e em 2006, quando a selecção escolhida por Scolari conseguiu prestações assaz positivas nas mais importantes competições internacionais do desporto-rei. Como é natural, e descontados alguns exageros, como a tarde televisiva do último domingo, os media cumprem o seu papel, ao reflectir, nas opções editoriais, o interesse de muitos milhões de portugueses. São factos, e perante os factos, como alguém recordou esta semana, convém ter alguma humildade intelectual.Há, como se sabe, espíritos mais cépticos, que não apreciam futebol e remetem estes períodos de manifestações colectivas para o mero domínio da alienação de risco, desviando as atenções populares dos "verdadeiros problemas do País". O provedor não vai, aqui e agora, dissertar sobre esta polémica antiga. Considera, apenas, que, na maior parte dos casos, estamos perante ortodoxias que mais não são que o outro extremo do fanatismo que tantas vezes desvirtua o sentido estético e competitivo do que poderia ser um grande jogo de futebol".
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