sábado, maio 03, 2008

Transportes aéreos: Novas tarifas (I)

O DN do Funchal publica hoje uma interessante carta de Nuno Jesus sobre este tema que não resisto a publicá-la neste blogue dado que constitui mais um aditamento ao debate que tem surgido nos últimos tempos em torno de alguns procedimentos relacionados com as novas tarifas para a Madeira, documento que acredito ser de uma pessoa que estará devidamente informada: "(…) A liberalização das rotas aéreas entre a Madeira e o Continente não é de iniciativa da TAP mas sim do Estado em articulação com o GR da Madeira. Também é falso que as rotas tivessem estado monopolizadas por essa transportadora, visto que qualquer companhia podia operar na linha, desde que cumprisse as obrigações de serviço público que cessaram no passado dia 23 de Abril. Além da TAP e da SATA, que se mantêm nas linhas regulares entre a Madeira e o Continente, chegámos a ter outros operadores nestas rotas. Naturalmente que, no âmbito deste novo quadro legislativo, sem quaisquer obrigações de serviço público, impera agora uma lógica de mercado, sendo que a TAP aplicou às linhas domésticas entre a Madeira e o Continente o mesmo esquema tarifário que aplica em todas as outras rotas, mediante critérios puramente comerciais. Esta situação era totalmente previsível. Temos agora 7 bases tarifárias para a classe económica (a variar entre os 62 EUR e os 430 EUR ida e volta + taxas) nas viagens entre Madeira e Lisboa e Porto e 3 bases tarifárias para a classe executiva (a variar entre os 442 EUR e os 680 EUR ida e volta + taxas). Todos estes níveis tarifários são combináveis entre si e as tarifas mais baixas implicam penalizações por alterações após a emissão do bilhete que variam entre os 25 e os 50 EUR, como valor mínimo. A tarifa Y sem restrições (a mais alta de classe económica), válida por um ano, que, no quadro legislativo anterior tinha o valor de 151 EUR + taxas tem agora o valor de 430 EUR + taxas. É essa tarifa que o leitor se refere. Muitos residentes e estudantes habituaram-se a viajar com essa tarifa que lhes permitia fazer as alterações que quisessem sem qualquer penalização sem se aperceberem que pagavam muito pouco para viajar nessas condições. A situação actual contempla tarifas mais baixas, com menos lugares disponíveis, mas que requerem muito cuidado no planeamento das viagens, visto que existem penalizações por alterações após emissão. Existem também restrições na acumulação de milhas para o Programa Victoria nessas tarifas mais baixas. Há também grandes variações nas disponibilidades das tarifas, de acordo com a data e hora do voo. Cabe ao passageiro dar preferência ao preço (sujeitando-se às datas e horas em que estão disponíveis as tarifas mais baixas) ou ao horário (sujeitando-se ao preço disponível na data e hora que pretende). Em relação às taxas de emissão, dependem do agente emissor, sendo a taxa mais baixa a aplicada pela TAP nas reservas online. Os agentes de viagens, na sua generalidade, cobram taxas de emissão muito superiores às das transportadoras. Caberá aos mesmos, junto dos clientes, encontraram justificações para os valores cobrados".

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