A projecção que este assunto ganhou - apesar do TC no relatório sobre as contas da Assembleia Legislativa da Madeira de 2006 ter apontado dúvidas e informado que decidiu abrir um processo separado relacionado apenas com as transferências das verbas para os partidos ao abrigo da lei orgânica - tem a ver com o que o montante que o orçamento da Assembleia gasta com as forças políticas: 6,2 milhões de euros, mais de 1,2 milhões de contos numa Assembleia com 47 deputados que mantém o mesmo encargo que tinha quando era composta por 66 deputados. Reside apenas neste facto o incómodo que o assunto causa e a justificação para a polémica que a sua abordagem normalmente se rodeia. Porque tanto nos Açores como em Lisboa (Assembleia da República) existem transferências para os partidos, proporcionalmente muito inferiores aos montantes na Madeira. Outra questão polémica tem a ver com o facto da Assembleia Legislativa da Madeira eleita em 2007, com 47 deputados, continuar a funcionar com uma lei orgânica que foi elaborada para o parlamento eleito em 2004, com 66 deputados, e que caíu devido à demissão de Alberto João Jardim. Recorda o "Publico" que "na Assembleia da República, com quase cinco vezes mais deputados (230), os grupos parlamentares recebem quase oito vezes menos a título de subvenções: 823 mil euros, sendo de 653 mil os apoios para encargos de assessoria aos deputados e outras despesas de funcionamento. Na Madeira, para este ano, estava previsto no orçamento regional um novo aumento nestes apoios, que já tinham sofrido um brutal acréscimo de 44 por cento em 2007, para os actuais 6,2 milhões de euros. Para legalizar o novo aumento, estava prevista uma alteração à lei orgânica que não chegou a ser aprovada".
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