Espaço: Sonda Phoenix aterrou em Marte
Li no semanário "Sol" que a sonda espacial Phoenix "aterrou suavemente às 00h53 de Lisboa numa zona do pólo Norte de Marte, depois de ter percorrido 679 milhões de quilómetros, anunciou a NASA O pessoal de controlo do Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA, em Pasadena, Califórnia, suspirou de alívio quando a nave assentou com segurança os seus três pés de apoio, após dez meses de viagem iniciada no Cabo Canaveral, na Florida. Espera-se que as primeiras imagens recolhidas pela sonda cheguem à Terra às 02h43 de Lisboa. A Phoenix prepara-se para recolher amostras de gelo e determinar a existência de material orgânico com o seu braço robótico de 2,5 metros. «Tocou a suavemente a super fícia, de acordo com o previsto» declarou o engenheiro adjunto de sistemas Richard Kornfeld, um dos responsáveis da NASA em Pasadena. O período de tempo em que a Phoenix penetrou na ténue atmosfera marciana até que poisou no solo foi chamado de «sete minutos de terror», tendo em conta de que dois terços - dez em 15 - das missões a Marte não tiveram êxito. Ainda está vivo na memória dos técnicos da NASA o fracasso, em 1999, da cápsula Mars Polar Lander, perdida algures no solo marciano. Em 1976, dois aparelhos Viking, da NASA, aterraram na poeira marciana. Em 2004, os veículos exploradores Spirit e Opportunity exploraram regiões próximas do Equador marciano. Esta missão Phoenix devia ter-se realizado em 2001, mas foi adiada devido ao insucesso da Mars Polar Lander. Antes de tocar a superfície, a Phoenix abriu o seu escudo térmico e utilizou o radar para avaliar a altitude e calcular a velocidade de descida vertical. Para isso, teve de reduzir a velocidade de 1uase 20.000 quilómetros por hora para 8 km/h. A missão Phoenix está avaliada em 420 milhões de dólares (266 milhões de euros)". O mesmo jornal refere que "a Sonda Phoenix está preparada para começar a desvendar a história da água em Marte, depois de ter aterrado suavemente domingo à noite no planeta vermelho e de ter aberto como previsto os seus painéis solares. Segundo José saraiva, especialista em geologia planetária no Instituto Superior Técnico (IST) que está a seguir a missão da sonda, há muitas evidências de que num passado distante correu água na superfície de Marte e de que muita dessa água se encontra congelada no subsolo. «Se passasse ao estado líquido essa água seria bastante para cobrir todo o planeta», disse hoje à agência Lusa este estudante de doutoramento cuja área de investigação se centra na análise de imagens para estudo da história geológica de Marte. Além de ter capacidade autónoma para analisar amostras de solo, supostamente com gelo, colhidas a uma profundidade de até 60 centímetros por um braço articulado, a sonda dispõe de uma estação meteorológica que tem por objectivo estudar a evolução climática do planeta. Em causa está saber se o gelo do subsolo alguma vez de derreteu na história recuada do planeta. «Trata-se de tentar perceber se o solo tem condições para ser habitável e se existirão micróbios a alguma profundidade», afirmou este investigador do Centro de Recursos Naturais e Ambientais (CERENA) do IST. A Phoenix dispõe de instrumentos que, ao analisarem o solo, poderão detectar moléculas, nomeadamente de carbono e hidrogénio, que são elementos necessários à vida".
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