Ajudem Myanmar
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Na Birmânia (dos generais ladrões e ditadores que lideram o pais, que perseguem pessoas, que amordaçam a liberdade, que matam adversários, que mantêm, em casa detida e que nem sequer a deixaram ir a Oslo receber o Nobel), apesar da dimensão catastrófica do drama e da desgraça causada pelo ciclone, as dificuldades continuam a ser grandes. Mas ninguém faz nada para travar esses ditadores. Os EUA que foram rápidos a entrar no Iraque a destronar Saddam para se apoderarem das riquezas do pais – porque quanto a armas de destruição massiva que alegadamente ali existiam até hoje ninguém descobriu nada – têm barcos na zona mas não fazem nada de concreto, porque no fundo são aliados deste regime nojento e corrupto que impede a ajuda aos milhares de afectados pelo ciclone. Hoje ficamos a saber que o Presidente George W. Bush "anunciou que vai prolongar por um ano as sanções impostas pelos Estados Unidos contra a Junta Militar birmanesa e garantiu que isso não vai afectar a ajuda norte-americana às vítimas do ciclone Nargis. Numa mensagem dirigida ao Congresso, Bush diz que os comportamentos do regime militar, a começar pela “repressão a grande escala” da democracia, são sempre “hostis aos interesses dos Estados Unidos” e representam “uma ameaça contínua e extraordinária à segurança nacional e política estrangeira dos Estados Unidos”. Mas não chega. Toda a gente fala em mais de 100 mil mortos, os generais ditadores dizem que não são mais de 32 mil, mas ignoram a destruição, os milhares de desalojados, os deslocados, o sofrimento de milhares de crianças que perderam os pais, a doença, a fome, a sede, o perigo da doença que por ali anda. Bush tem que ser mais determinado, mais enérgico em defesa da Pessoa. Porque será que os americanos não adoptam uma atitude de força e ao abrigo da ONU obrigam os generais corruptos e ditadores da Birmânia a vergar? Porque razão, já que falamos de democracia e liberdade de um povo oprimido, se tolera que dias depois de uma desgraça essa casta fascista tenha mantido a fantochada de um referendo nacional para uma nova Constituição que não de uma farsa tonta para gente caquética? Só há uma resposta: os EUA estão feitos com essa gente hipócrita e nojenta que comanda pela força e com sangue os destinos da Birmânia (agora Myanmar) e preferem mantê-los no poleiro do que destroná-los. Talvez um dia as coisas mudem e então a hipocrisia idiota dos americanos se confrontem com a realidade, a de que os povos com dignidade têm direito à revoltar-se e a combater o colonialismo oportunista e glutão que hoje é representado pela América de Bush e seus lacaios. Basta ver o que acontece com o Iraque, com os negócios, as negociatas com gente do poder, em Washington, as empresas contratadas, os milhões de dólares que ali correm, e ver quem está ligado a estes esquemas, quantas pessoas morrem todos os dias, qual a dimensão do sofrimento do povo iraquiano? Mas “largar o osso”? Isso está fora de questão… (LFM)
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Campanha de medo e repressão
1/3 dos mortos em Myanmar são crianças
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