Reportagem: "Do luxo à miséria, a nova vida dos Jardel"
"Jardel foi em tempos um dos jogadores mais requisitados da Europa. Somava contratos milionários e proporcionava uma vida de luxos à família. Agora está desempregado e os irmãos, George e Jordana, têm uma vida difícil. Quando, em 2000, o ainda Super Mário troca o FC Porto pelo Galatasarai, a sua vida era digna de um conto de príncipes. Na Turquia, Jardel mudou-se para uma vivenda de quatro pisos onde nem sequer lhe faltava a sauna, piscina e banho-turco. Por essa altura, o seu ordenado era milionário, chegava para sustentar a família mais próxima e ainda sobrava para pagar as contas dos irmãos Jordana e George, que tentavam a sorte em Portugal. E com sucesso, graças ao forte apelido. Até porque o sucesso do craque ajudou a fazer os anos de ouro dos manos. Na época de 2001/2002, o jogador coleccionava publicidades – como a mediática do Guaraná– e desta forma ‘empurrava’ Jordana para o mundo da moda. Nesse ano, a brasileira acumulou trabalhos como manequim, foi convidada para desfiles e a sua presença em festas por todo o País valia muito dinheiro. Na mesma fase, a sua relação com Cristiano Ronaldo dava que falar,
quando este se muda do Sporting para o Manchester, o que fazia de Jordana Jardel, por vários motivos, uma das imagens mais requisitadas de Portugal. Já George, o irmão futebolista de Jardel, também não tinha de que queixar-se já que o maninho estava prestes a negociar-lhe um contrato com o Benfica. Melhor era impossível. O clã Jardel parecia então uma família bafejada pela sorte e por essa altura ninguém imaginava que a ‘desgraça’ poderia estar traçada no destino de cada um dos irmãos.Hoje, o trio está irreconhecível: Jardel há muito que está desempregado no Brasil, Jordana engordou e trocou a moda por um part-time num bar e nem a George a sorte lhe sorriu: o jogador está ao serviço de um modesto clube da 3ª divisão, o Macedo de Cavaleiros. E a verdade é que o destino dos três foi marcado por uma vida de excessos. Depois de separar-se de Karen, Jardel entrou, ainda mais, numa espiral de loucura. Contam os amigos chegados do ex-craque do FC Porto que nessa época Super Mário dividia as noites entre as discotecas, onde os vícios como o álcool e as drogas eram públicos, e o casino, onde teimava em ‘estoirar’ o que restava dos salários conquistados no apogeu da sua carreira. Daí até ao jogador admitir que estava de partida do País foi um passo. Meses mais tarde, Mário Jardel dizia, em conferência de imprensa, que 'não tinha condições psicológicas para continuar em Portugal' e que precisava de 'ajuda médica". Assim escrevem no "Correio da Manhã" as jornalistas Helena Isabel Mota e Rute Lourenço.
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