terça-feira, abril 22, 2008

PSD: o que eu penso

Perante a evolução dos acontecimentos ao longo do dia de hoje, que criaram condições para que se gerasse um debate envolvendo a figura do Presidente do PSD da Madeira - o que nada tem a ver com a existência de condições para formalizar a candidatura extemporaneamente - eu acho que o PSD da Madeira não tem o direito, independentemente de tudo o que está em causa (e essa reserva era a minha opinião inicial), de obstaculizar uma oportunidade que, em meu entender, não mais se voltará a repetir. Obviamente que existem condicionantes, que cada um valorizará como entender, que têm a ver com a imagem criada junto da opinião pública nacional de Alberto João Jardim (nalguns casos, reconheço, por culpa dele próprio), as reticências previsíveis de algumas elites do PSD (que não das bases) e as reacções de alguns comentadores políticos, próximos do PSD, que usam o seu mediatismo na comunicação social para tentar influenciar os acontecimentos no PSD. Mas a seu tempo ter-se-á que tratar de cada uma destes temas. Por outro lado, o caso da Madeira, poderia ser encontrada uma solução de compromisso até 2010, capaz de impedir que o PSD regional voltasse a se envolver em "directas" e em congressos, alterando uma estabilidade que Jardim exigiu no último Congresso Regional e que os delegados lhe asseguraram. Essas alternativas seriam encontradas, no PSD e no Governo, mediante um compromisso de honra que o próprio Jardim teria que conseguir - e conseguiria facilmente - junto de determinadas figuras do partido na Madeira. Por isso, não dramatizemos demasiado esta questão. Sem especulação, o melhor é aguardar a evolução dos acontecimentos. Alberto João Jardim é para o PSD um ganhador, o PSD da Madeira é no seio do PSD a única estrutura totalmente ganhadora, e isso são razões suficientes para ao menos não especularmos. Mas não cortem as asas de Alberto João Jardim, se surgir a oportunidade dele voar.

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