sábado, abril 19, 2008

PS-Açores em Congresso em ano eleitoral

Não se pode dissociar este Congresso, e o discurso de Carlos César, do facto de estarmos num ano eleitoral nos Açores. Mesmo assim, foi um bom discurso, no qual César criticou as desconfianças de Lisboa face às autonomias, deu umas "picadas" indirectas à Madeira - chegou a citar Alberto João Jardim sobre a autonomia - defendeu a possibilidade de Açores e Madeira terem realidades autonómicas diferentes. Diz a agência de informação lusa que "o líder do PS/Açores, Carlos César, alertou hoje que existe em Portugal uma cultura política que menospreza e negligencia as questões relativas à autonomia regional, incluindo em sectores do próprio partido nacional. "Temos de ter em consideração que há, de facto, uma cultura política nacional que ignora, menospreza e negligencia a resolução das questões relativas" às regiões autónomas, adiantou Carlos César, no XIII Congresso do PS/Açores. O líder dos socialistas açorianos falava na apresentação da moção global de estratégia que propõe aos cerca de 400 delegados que estão reunidos, em Congresso, até domingo na cidade de Ponta Delgada. Para o dirigente socialista, que preside ao executivo açoriano desde 1996, a resposta a este comportamento político nacional tem apenas de se basear nos interesses dos Açores. "A nossa resposta tem de ser só uma e sempre a mesma. Estaremos a favor ou contra o Governo da República na directa proporção em que o Governo da República agir contra ou favor do interesse dos Açores", assegurou. Segundo Carlos César, o PS/Açores tem ainda o dever de fazer pedagogia no continente em relação às autonomias e de "esclarecer os que não conhecem" a realidade das ilhas, mas também de "combater sem cedências os que não querem compreender". "Nós não estamos dispostos a ser prejudicados nas nossas capacidades e na possibilidade de administrar a nossa própria região, só porque o Governo da República ou outras altas instituições do país não nos podem dar estas competências, porque têm receio de dar competências a outros que acham que as vão usar mal", alertou Na parte do discurso mais aplaudida pelos congressistas, Carlos César salientou ainda que as instituições devem admitir que possam existir autonomias diferentes nos Açores e na Madeira". Ao contrário do que foi noticiado não existe apenas uma moção. Existe a moção principal, de Carlos César, mas existem, outras, como podem ver aqui. Oiça aqui o discurso de Carlos César.

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