quarta-feira, março 19, 2008

Maioria dos portugueses acha que economia do país será pior no próximo ano

Os residentes no Continente com 18 e mais anos mostram-se muito pessimistas relativamente à evolução da economia do país e do seu agregado familiar. Os resultados de Fevereiro do Barómetro Político Marktest mostram um índice de expectativa de 31.4%, muito abaixo do limiar do optimismo (50%). Este índice resulta de uma análise de duas questões regularmente colocadas pela Marktest aos inquiridos neste Barómetro: - Pensa que daqui a um ano a sua situação económica e pessoal e a do seu agregado familiar será Melhor, Igual ou Pior? - E em relação à situação económica do país, pensa que daqui a um ano ela será Melhor, Igual ou Pior? Uma análise das respostas a estas duas questões evidencia que as expectativas dos portugueses são mais pessimistas quanto à evolução da situação económica do país do que relativamente à evolução da sua situação económica pessoal e familiar. A maioria (53.6%) dos inquiridos refere mesmo que daqui a um ano a situação económica do país será pior, enquanto apenas 15.0% diz que será melhor e 23.5% considera que será igual. Embora pessimistas, os portugueses mostram no entanto um sentimento menos negativo relativamente à evolução da sua própria situação económica pessoal e familiar: 16.1% acha que vai ser melhor no próximo ano, 28.9% considera que vai ser igual e 45.3% entende que vai ser pior.

Jovens menos pessimistas em relação ao seu futuro do que idosos
A segmentação por género e idade mostra ainda que a única excepção a esta tendência é evidenciada pelos mais idosos, que estão mais pessimistas relativamente à evolução da sua própria situação económica: 55.4% acha que ela vai ser pior, 19.9% que vai ser igual e apenas 8.4% espera que ela seja melhor. Os jovens dos 18 aos 34 anos também se encontram em "terreno" pessimista, mas mostram menor pessimismo quanto à evolução da sua situação económica pessoal e familiar. Neste indicador distanciam-se dos restantes grupos etários, ao atingirem um índice perto do optimismo (47.9%), com 26.3% a achar que a sua situação económica será melhor, 37.9% a entender que será igual e 30.1% a temer que ela seja pior. Quando analisada a questão sobre a evolução da situação económica do país, vemos muito maior homogeneidade de respostas (desvio padrão de 9.3% para o índice de expectativa sobre economia pessoal e de 2.4% para o índice de expectativa sobre economia do país). Nem mesmo os jovens se mostram claramente menos pessimistas que os demais grupos etários. O gráfico seguinte mostra como, mesmo assim, são os jovens dos 18 aos 34 anos os "responsáveis" por expectativas menos pessimistas, pois são o único grupo que não entende maioritariamente que a sua situação económica pessoal e do agregado familiar irá ser pior no próximo ano.

O Índice de Expectativa é um indicador recolhido regularmente pela Marktest desde Março de 1990, junto de indivíduos com 18 e mais anos, residentes em Portugal Continental.Para a aferição do índice utilizamos uma base de cerca de 800 entrevistas. Aos inquiridos são colocadas 2 questões: - Pensa que daqui a um ano a sua situação económica e pessoal e a do seu agregado familiar será Melhor, Igual ou Pior? - E em relação à situação económica do país, pensa que daqui a um ano ela será Melhor, Igual ou Pior? O Índice de Expectativa face à situação económica resulta da conjugação das respostas obtidas a estas duas questões. Para a construção do índice é atribuído um valor de 100 às respostas "MELHOR", 50 às respostas "IGUAL" e 0 às respostas "PIOR", não entrando na análise os indivíduos que não responderam às questões. O índice geral resulta de uma média dos índices parciais. Valores acima dos 50 pontos traduzem expectativas positivas e valores abaixo dos 50 pontos traduzem expectativas negativas, aconselhando-se para a interpretação dos resultados a seguinte grelha de análise:
Valor do Indice de Expectativa
0-25 Pessimismo acentuado
25-50 Pessimismo moderado
50-75 Optimismo moderado
75-100 Optimismo acentuado
Os resultados deste Barómetro estão disponíveis
aqui (fonte: Marktest, Março de 2008)

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