O deputado do PS Carlos Pereira, economista de formação, certamente que não quer discutir comigo, de forma pormenorizada e mais técnica, questões de natureza económica, porque isso seria uma espécie de um jogo de futebol entre o Andorinha contra o Benfica. Portanto, e para além de sempre ter tido a noção do meu lugar e de ocupá-lo, reconheço que os conhecimentos adquiridos, ou por necessidade profissional ou por formação, neste caso de forma superficial, levam-me a apenas afirmar que continuo a pensar que o PIB ainda continua a ser uma fonte indiciadora do nível de desenvolvimento de países ou regiões. Eu sei que alguns especialistas sustentam, e a própria Comissão Europeia em conferência recente suscitou essa questão, que o PIB não pode ser praticamente a única componente utilizada para a medição desses níveis de desenvolvimento. Confesso que já ouvi e li opiniões divergentes, admitindo que não exista consenso. Nunca o vi negar os números do Eurostat, até porque um economista não pode negar indicadores oficiais. Quanto muto pode analisá-los e tentar, no plano da conjugação de perspectivas políticas com argumentos económicos, desvalorizá-los. Registei o facto de ter anunciado no seu blogue que o PS vai tomar uma iniciativa no parlamento relacionada com tudo isto. Se quer que eu lhe diga não sei qual a posição do meu partido, o PSD, face a essa iniciativa, mas eu até acho que se deveria fazer uma actualização de estudos ou indicadores que por aí andam, contraditórios. A começar pelo impacto, positivo ou negativo, do CIN da Madeira no PIB regional. Quanto ao resto, e sendo um facto que a Madeira ao abandonar as regiões “Objectivo 1” foi prejudicada na recepção dos fundos, como era inevitável, não sei até que ponto a União poderá sustentar por muito mais tempo esta persistente teimosia de regiões portuguesas que desde a integração portuguesa na então CEE, lá estão, por lá continuam e, elos vistos de lá (refiro ao grupo das regiões “Objectivo 1”) não querem sair.
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