Se há coisas que eu nunca confundo - e é nessa perspectiva que sempre me tenho posicionado - é a política e as relações pessoais. Conheço João Carlos Gouveia, há uns anos, lembro-me dele dos tempos da minha infância, quando ia diversas vezes a São Vicente com familiares - aos quais, por contingências diversas da minha vida, muito fiquei a dever - e ele por lá andava. Temos uma relação de respeito, independentemente de podermos pensar de forma diferente sobre muita coisa. Mas o respeito pessoal, que nada tem a ver com o temperamento de cada um, é algo que temos que preservar sob pena da política se transformar numa selva infestada de selvagens, sem rei nem roque. E fiquei com a sensação que Gouveia vai para a frente, que se está borrifando para as cenas hoje noticiadas no DN local, segundo o qual, e alegadamente, terão sido realizadas tentativas de imposição de um "candidato de consenso" (Maximiano Martins), caso os dois candidatos já conhecidos (Cardoso e Gouveia) desistissem. O que me garantiram, e não creio estar a ser especulativo, é que há no PS local, mesmo entre os actuais dirigente e deputados, quem queira questionar no próximo Congresso dos socialistas (no mesmo dia da festa do Chão da Lagoa do PSD, 28 de Julho) a estratégia de Martins relativamente à lei das finanças regionais e a outras iniciativas que acabaram por penalizar eleitoralmente o PS e fragilizar o partido em várias frentes. As informações são escassas, limitam-se a "cruzamentos" na comunicação social e a uma certa disputa de protagonismo. Mas é praticamente assente que até final do mês de Junho as coisas começarão a ficar clarificadas, pelo que até lá, reconheço, estamos apenas perante especulação, natural e própria de qualquer congresso partidário.
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