segunda-feira, abril 09, 2007

Desporto

Dizem-me que o Pontassolense tem vindo a baixar de rendimento (já teve 8 pontos de vantagem e agora tem apenas 1 ponto) porque poderão existir problemas financeiros resultantes de atrasos. Dizem-me também que os mesmos problemas existirão noutros clubes e que há clubes na III Divisão Nacional cujos planteis são constituídos por jogadores de fora da Região, 75% do total. Eu não tenho dúvida de que estes clubes de futebol não promovem a Madeira nem coisa que se pareça. Ou se cria uma Divisão Madeira a exemplo dos Açores - e a Associação de Futebol da Madeira deixa de engonhar e assume com coragem uma inevitabilidade adiada, vá lá saber-se porquê - ou não tarda muito e teremos problemas generalizados que serão graves e inultrapassáveis. Mas também o futebol profissional ao nível da primeira Liga não pode continuar a parecer-se mais com uma guerra de "caprichos" entre pessoas ou clubes, e pouco ou nada com uma projecto com ambições e objectivos desportivos. Com o erário público a gastar milhões para andarem a fazer tristes figuras - embora seja certo que, matematicamente, possam ainda chegar a uma competição europeia. Hoje, quando vinha para o Funchal, ouvi na rádio que jogadores do Madeira SAD (andebol) vão dar uma conferência de imprensa no final da tarde para falarem de salários em atraso e de problemas habitacionais, tudo por causa dos jogadores de fora da Região contratados para um clube regional e aos quais foi prometido "casa e salário". Eu francamente acho que é tempo de revermos procedimentos e de passarmos a ter mais rigor e mais exigência quanto à obrigatoriedade de colectividades apoiadas pelo Governo Regional terem obrigatoriamente um determinado número mínimo de participantes nos escalões de formação, sob pena de perderem os apoios. Uma cosia é certa: assim não vamos a lado nenhum. E os tempos não são para brincadeiras.

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