sábado, abril 14, 2007

Aldrabices em Timor

Temos sempre uma mania paternalista quando falamos de Timor. Eu acho que são resquícios de um colonialismo sentimental mal disfarçado e mal curado. Vem isto a propósito das eleições presidenciais (1ª volta) em Timor que revelaram uma falcatrua própria das democracias primárias, mas que os meios de comunicação social por pruridos mal explicados, tentam suavizar junto da opinião pública portuguesa. Não. O que se passa é uma trabalhada, uma falcatrua à boa maneira das mais tenebrosas máfias eleitorais e que assume foros de escândalo quando se tratam, de eleições fiscalizadas (?) por políticos estrangeiros. Imaginem o que não seria se isso não acontecesse.
Do Publico online limito-me a transcrever este texto:
"O escrutínio dos votos das presidenciais em Timor-Leste conheceu hoje um novo revés, depois da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) anunciar que foram escrutinados 300 mil votos no distrito de Baucau, onde estão recenseados pouco mais de cem mil eleitores. “Trata-se de um novo milagre: num único dia somos capazes de gerar 200 mil adultos”, ironizou o padre Martinho Gusmão, porta-voz da CNE, declarando-se incapaz de explicar esta situação “ilógica”. Naquele distrito, onde está situada segunda maior cidade do país, “estão recenseados pouco mais de cem mil [eleitores], mas o resultado ultrapassa os 300 mil”, explicou o responsável ao admitir que não há resultados para Baucau. O excesso de votantes é enorme tendo em conta que no país estão recenseadas pouco mais de 500 mil pessoas. O padre Gusmão escusou-se, no entanto, a comentar se estes novos dados poderão pôr em causa a totalidade do escrutínio que, segundo os dados divulgados, apurou para a segunda volta o primeiro-ministro, José Ramos-Horta, e o candidato da Fretilin, Francisco "Lu-Olo" Guterres (...)"
Eu até acho que a FRETILIN é capaz de ter a explicação para estas aldrabices todas... Querem apostar?

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