quinta-feira, março 08, 2007

Eleições regionais XXIII

Com o mesmo pragmatismo de que falei noutro post, tenho que reconhecer que o PS surpreendeu pelos seus primeiros cartazes, não pela dimensão – porque são semelhantes aos usados nas autárquicas de 2005, no Funchal - mas pela, mensagem. Ou seja, em vez da aposta na imagem dos candidatos, o PS inicia uma primeira fase da sua pré-campanha com recurso a mensagens, a exemplo do que os partidos fazem em Lisboa nas legislativas nacionais. Independentemente do conteúdo da mensagem escolhida, parece-me evidente, desde já que o PS vai apostar em duas vertentes distintas, antes de apostar, eventualmente, nas caras dos principais candidatos:

- usar frases curtas de critica aos resultados da governação regional (estatística);
- acentuar a tónica no alegado mau uso dosa dinheiros dos madeirenses, interrogando o eleitorado e apresentando exemplos concretos, caso da Marina do Lugar de Baixo, o que permite, independentemente de tudo o que possa ser dito ou questionado, que os socialistas não concordam com esses investimentos realizados.


Não são duas técnicas novas, pelo contrário, mas são, de acordo com estudos que existem no âmbito do marketing político, opções com impacto. Esses estudos alegam que mais do que as pessoas os partidos precisam de veicular mensagem, porque em eleições que não tenham uma dimensão local, as opções de volto ou resultam da fidelidade dos eleitores que terá que ser mantida e convencida, ou pela empatia com as propostas e mensagens. Ora as caras dos candidatos, dizem os especialistas, não devem ser o primeiro recurso a considerar, principalmente se são candidatos conhecidos que não precisam de promoção adicional, nem mesmo em campanhas eleitorais onde existem meios complementares como os manifestos, documentação, tempos de antena, etc

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