Cartazes

O DN do Funchal, pela pena do seu jornalista Elvio passos, cita-me, por via deste blog, relativamente ao impacto causado pelos primeiros cartazes do PS. E cita-me bem porque o que eu digo neste espaço, repito as vezes que quiser.
Mas uma coisa – e aí expliquei mal – é a surpresa causada, quer pela opção de conteúdo, da mensagem (que não é nova, longe disso, visto que foi com base nessa técnica que o PS fez a campanha das autárquicas no Funchal e levou a ”porrada” que levou...), nem pela dimensão dos cartazes, semelhantes aos que carolos pereira usou. O que me espanta foi, desde logo a celeridade (porque sei quanto tempo demora o processo de concepção e impressão destes cartazes), pelo recurso a uma mensagem de impacto – e tem impacto, digam o que disserem, embora em meu entender será sempre um impacto efémero, porque se esbaterá rapidamente, ultrapassado por outras iniciativas de campanha ou factos políticos mais importantes e que entretanto se sucederão até 6 de Maio. Quer isto dizer que o PS usará a técnica da espiral cruzada, ou seja, vai começar pelos cartazes com inscrições, de impacto, interrogativas, escondendo as responsabilidades que tem na situação actual, escondendo a s traições, grandes ou pequenas, cometidas nos últimos dois anos à Madeira. E só no final, começarão a aparecer cartazes com Serrão ou com ele e demais membros da lista, quando esta for conhecida. Isto não é novidade. Quem estuda marketing político, quem procura conhecer de uma forma mais profunda as questões comunicacionais, ligadas à política, e sobretudo à política eleitoral, sabe que esta é uma das técnicas mais usadas. E o impacto está comprovado pelo próprio Governo Regional que teve de vir, e bem, responder as ”provocações socialistas. Eu penso, sinceramente, que o eleitorado madeirense já não vai atrás destas cantigas socialistas e, mais do que isso, embora aceitando que é preciso fazer alguma cosia em relação a alguns empreendimentos que tem que ser rentabilizados, o eleitorado percebe que a Madeira ficou mais rica, melhor, mais desenvolvida. Mas o hipócrita de tudo isto é que os socialistas resolveram – e cabe ao PSD dar a volta – tudo fazer para lavar as mãos como Pilatos acerca das suas responsabilidades nestes acontecimentos mais recentes e que culminam com as eleições antecipadas. Quanto aos cartazes, eu limito-me a publicar uma imagem de cartazes surgidos em Lisboa, por estes dias, pela mão do PSD. Comentários para quê?