O presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, terão falado ao telefone na semana passada sobre um potencial encontro no futuro. O NY Times é quem avança com a notícia, referindo que o encontro teria lugar nos EUA. Já a Casa Branca recusou comentar a chamada e o governo venezuelano não respondeu às questões deste jornal americano. Ainda assim, duas fontes dentro do governo venezuelano confirmaram ao NY Times, sob condição de anonimato, que a chamada direta entre Trump e Maduro teve mesmo lugar. De recordar que há uns dias, aparentemente após a chamada, os EUA designaram o “Cartel de los Soles” como uma organização terrorista estrangeira, apontando Nicolás Maduro como o líder. Ao público, Trump continua as suas criticas, prometendo parar os “traficantes de droga” seja de que forma fosse: “por terra, é mais fácil. Vamos começar muito em breve“, disse (Lusa)
sábado, novembro 29, 2025
Falha de software da Airbus atinge frota de A320 da TAP e força paragens para manutenção
Um incidente com um avião A320 revelou que "intensa radiação solar pode corromper dados críticos para o funcionamento dos controlos de voo", determinando esta decisão da Airbus. A Airbus emitiu um alerta para a obrigatoriedade de realizar uma intervenção nos aviões da família A320, depois de um incidente com um avião deste modelo ter revelado que “intensa radiação solar pode corromper dados críticos para o funcionamento dos controlos de voo”. Globalmente, a falha terá impacto em cerca de 6.000 aviões. O problema afeta a frota da TAP, apurou o ECO. A companhia está a avaliar o impacto na sua operação.
“Um número significativo de aeronaves da família A320, atualmente em serviço, podem ser afetadas”, alerta a Airbus. “A análise de um evento recente envolvendo uma aeronave da família A320 revelou que a intensa radiação solar pode corromper dados críticos para o funcionamento dos controlos de voo. Consequentemente, a Airbus identificou um número significativo de aeronaves da família A320 “atualmente em serviço que podem ser afetadas“, informa a construtora em comunicado. Entre A320 e A321, a TAP tem 55 aviões da família A320, mais de metade das 99 aeronaves que tem ao serviço. Destes A320, 38 são Neo. “Estamos a acompanhar a situação, como sempre tendo como prioridade máxima a segurança dos nossos passageiros e tripulações”, afirma a companhia aérea portuguesa.
Sondagem SIC/Expresso: Marcelo deixa impressão positiva mas portugueses querem (agora) outro tipo de Presidente
A sondagem SIC/Expresso revela que Marcelo Rebelo de Sousa deixa uma impressão positiva dos dez anos no Palácio de Belém. Mas agora os portugueses querem alguém mais interventivo. A pouco mais de três meses de deixar a Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa deixa uma boa impressão dos seus dez anos em Belém. Dois terços dos inquiridos na sondagem do ICS (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa) e do ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa) para a SIC e Expresso consideram que os seus mandatos foram “positivos” ou mesmo “muito positivos”.
Jovens poderão ter de trabalhar até aos 68 anos para terem reforma próxima do último salário
Este cenário do estudo da OCDE tem por base o pressuposto de que a carreira contributiva não terá interrupções e que o contribuinte se reforma na idade normal. Assim, Portugal deverá ter a terceira taxa de substituição dos rendimentos de trabalho na reforma mais elevada da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (SIC-Notícias)
Da demissão do braço-direito de Zelensky aos planos de Trump para entregar territórios à Rússia: o que se passa com a Ucrânia?
Andriy Yermak, um dos homens mais próximos do presidente da Ucrânia, apresentou a demissão, após ser alvo de buscas. Entretanto, surgem notícias de que o presidente dos EUA quer reconhecer como russas as regiões ocupadas de Donbass e da Crimeia. Se as eleições legislativas fossem hoje, a Alicança Democrática voltava a ganhar com o mesmo resultado que teve em maio. Esta é uma das conclusões da sondagem SIC/Expresso que revela também que o PS volta a conquistar a liderança da oposição (SIC Noticias)
Sondagem Expresso: AD continua a vencer, PS 'bate' Chega e (re)conquista 2.º lugar
Se as eleições legislativas fossem hoje, a Alicança Democrática voltava a ganhar com o mesmo resultado que teve em maio. Esta é uma das conclusões da sondagem SIC/Expresso que revela também que o PS volta a conquistar a liderança da oposição. Este é sempre um dos momentos mais tensos da governação quando não há uma maioria absoluta no Parlamento, mas Luís Montenegro volta a ter razões para sorrir. Com a abstenção socialista no Orçamento do Estado (OE) para 2026 está garantido mais um ano. E a avaliar pelos resultados da sondagem do ICS (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa) e do ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa) para a SIC e Expresso, os eleitores estão a fazer uma avaliação positiva do trabalho da Aliança Democrática (AD).
Sondagem Expresso: 40 anos depois, Presidenciais podem voltar a decidir-se (só) à segunda volta
A confirmarem-se os dados da sondagem do ISC e ISCTE para a SIC e Expresso, Portugal pode, 40 anos depois, voltar a decidir as eleições Presidenciais numa segunda volta. E neste cenário, quem escolheriam os portugueses Partindo do resultado da sondagem do ICS (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa) e do ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa) para a SIC e Expresso, a menos de dois meses das eleições, e que não dão uma vitória à primeira volta - André Ventura e Henrique Gouveia e Melo surgem empatados -, Portugal pode estar a caminho, 40 anos depois, de uma decisão à segunda volta. A concretizar-se esta possibilidade, há vários cenários possíveis de traçar.
Exploração de imigrantes no Alentejo: sargento da GNR envolvido vive com magistrada do MP
A presença da magistrada na habitação obrigou, como manda a lei, a que as buscas fossem acompanhada pessoalmente por um juiz de instrução criminal, mas, ao que a SIC apurou, o Tribunal Central de Instrução Criminal tinha receio que houvesse uma fuga de informação sobre a operação de buscas prestes a acontecer (SIC-Notícias)
Sondagem Expresso/Presidenciais: se eleições fossem hoje, André Ventura e Gouveia e Melo seguiam para a segunda volta
Se as eleições Presidenciais fossem hoje, não haveria vencedor à primeira volta e seriam os candidatos André Ventura e Gouveia e Melo a passar à segunda volta. A menos de dois meses para as eleições presidenciais de 18 de janeiro, André Ventura e Henrique Gouveia e Melo surgem empatados, na sondagem do ICS (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa)e do ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa)para a SIC e Expresso, ambos com 18% das intenções de voto.
Dona da SIC vende 32,9% do grupo aos italianos Media for Europe
As negociações decorriam há semanas e o negócio foi agora fechado. A operação será feita através de um aumento de capital de 17 milhões de euros, mas ainda está dependente de autorizações e de aprovação dos bancos credores da Impresa e da assembleia-geral (RTP)
Curiosidades: o lendário Major Albert Battel
Em 1942, o Major da Wehrmacht, Albert Battel, enfrentou caminhões da SS que se dirigiam para deportar centenas de judeus do gueto polonês de Przemyśl. Ele bloqueou a ponte com soldados armados e a ação subsequente mudou o destino de quase 100 pessoas. O calor do verão pairava sobre Przemyśl como um peso insuportável. Bandeiras alemãs pendiam flácidas e o bairro judeu estava selado por arame farpado há meses. Todos sabiam o que "reassentamento" realmente significava.
Albert Battel, advogado e oficial administrativo (Major) da Wehrmacht, estava na ponte sobre o Rio San naquela manhã, observando o comboio da SS se aproximar. Caminhão após caminhão, motores roncando, rumo ao gueto. Ele tinha cinquenta e um anos. Era um oficial da Wehrmacht que seguia ordens, mas algo dentro dele rompeu naquele dia, 26 de julho de 1942. Quando o caminhão da frente chegou à ponte, Battel levantou a mão. Seus soldados abaixaram a barreira. "Esta ponte está fechada," ele disse ao comandante da SS. O homem ficou vermelho. "Com que autoridade?" "Minha. E a do Comando da Cidade". Battel não tinha autoridade para bloquear uma operação da SS, mas ele e seus soldados resistiram. O oficial da SS gritou, ameaçou e exigiu passagem. Battel não cedeu.
Curiosidades: o saque de Constantinopla
No dia 12 de abril de 1204, Constantinopla foi tomada por traição pelos cruzados e teve início um saque que durou três dias e noites. Mataram e destruíram à vontade, saquearam o equivalente a 900.000 marcos de prata pura e várias toneladas de ouro, apenas em moeda. Bustos antigos, milhares de estátuas, milhares de colunas e sarcófagos de mármore, cálices e coroas de ouro cravejadas de joias, pedras preciosas e tesouros de todo tipo. No Fórum, levaram todas as estátuas de bronze existentes (as de Constantino, sua mãe, as cruzes, Hera, Atena, Poseidon, César, Augusto, Cipião, Mário, o Ninfeu com os tritões e hipocampos, que era a fonte em frente ao Senado) e toda a prata das igrejas para cunhar moeda. Os cruzados profanaram o Apostoleion e saquearam o sarcófago de Justiniano. Segundo as crónicas de Nicetas Coniates, encontraram o corpo de Justiniano incorrupto. Também abriram o sarcófago do imperador Heráclio e roubaram sua coroa de ouro, arrancada com os cabelos da cabeça, que acabou em Veneza (assim como os cavalos do Hipódromo e o Leão de São Marcos).
As fontes ocidentais não dão pistas sobre o destino dos restos mortais de Constantino, cuja tumba estava muito próxima. Hoje, resta apenas um fragmento de seu sarcófago no Museu Arqueológico de Istambul, enquanto o sarcófago de sua mãe Helena está no Museu Vaticano (Pio-Clementino).
Curiosidades: de assassino a covarde, o último dia do médico de Dachau
Durante anos, o Dr. Klaus Schilling caminhava pelos barracões de Dachau como se fosse dono da vida e da morte. Aos 74 anos, com mãos trêmulas e olhar frio, ele escolhia vítimas como quem escolhe objetos: - Você. E você. E você também. Eram homens, mulheres, jovens e idosos. Todos usados como cobaias em seus experimentos de malária. Alguns duraram dias. Outros agonizaram durante semanas. Todos sabiam que, quando ele tocava no braço de alguém, era o começo do fim. Schilling anotava tudo com precisão clínica — febre, delírios, convulsões, falência de órgãos. A dor alheia se tornou o laboratório perfeito para sua ambição científica. Mas a guerra acabou.
E a sala de torturas deu lugar ao tribunal. No Dachau Trial, ouviram-se testemunhos de fazer o sangue gelar: prisioneiros amarrados, remédios negados, drogas mortais testadas como veneno em ratos. E então veio o dia 28 de maio de 1946. O carrasco o esperava. A forca já estava montada. Pela primeira vez, Schilling não tinha anotações, instrumentos, nem soldados ao redor. Era apenas um velho diante da própria história. Testemunhas contam que a arrogância desapareceu. Schilling, o homem que nunca mostrou piedade, chorou. Tremeu. Implorou. Mas não havia perdão. Quando a corda tocou seu pescoço, centenas de vozes silenciosas — aquelas que ele matou lentamente, prisioneiro por prisioneiro — pareciam preencher o ar. O médico que tratava seres humanos como cobaias terminou sua vida como tantos de suas vítimas: sem controle, sem glória, sem desculpas. A justiça não reviveu quem ele destruiu. Mas garantiu que, naquele dia, em Dachau… o carrasco não pediu perdão (fonte: Facebook, Universo Extremo)
Governo dos Açores admite adiamento da privatização da Azores Airlines
O presidente do Governo dos Açores congratulou-se pela entrega de uma proposta para a compra da Azores Airlines, mas admitiu o adiamento da privatização da companhia, que não deverá acontecer até ao final do ano. “É preciso voltar a conversar com a União Europeia porque, naturalmente, tudo isso vai provocar prorrogação de prazos e naturalmente haverá adiamento. Faz parte da natureza da resposta do mercado”, afirmou José Manuel Bolieiro. O líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) falava aos jornalistas na Assembleia Regional, na Horta, após ter sido conhecido que os empresários Carlos Tavares, Tiago Raiano, Paulo Pereira e Nuno Pereira entregaram uma proposta conjunta para aquisição de 85% da Azores Airlines. Bolieiro lembrou que o Plano de Reestruturação da SATA previa a conclusão da privatização da companhia aérea até ao final de 2025, mas salientou que o “mercado responde nos termos a que responde”.
Menina surda emociona-se ao ouvir voz da mãe pela primeira vez após operação
São imagens emotivas que estão a correr o mundo. O momento viral em que uma menina de 12 anos, no Brasil, consegue ouvir pela primeira vez, após ser sujeita a uma cirurgia de implante (Sic-Notícias)
Portugal será o oitavo país na OCDE com idade da reforma mais alta
A idade média normal de reforma futura em Portugal estava a subir dos atuais 65,6 anos para os 68 anos, registando um dos maiores aumentos entre os vários países da OCDE. A idade da reforma em Portugal passará a ser de 68 anos, tornando-se a oitava mais elevada entre os 38 países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), segundo um relatório divulgado esta semana. Estes oito países com a idade normal de reforma futura mais elevada - Dinamarca, Estónia, Países Baixos, Suécia, Itália, Eslováquia, Reino Unido e Portugal - são os que fazem depender a idade de reforma da esperança de vida, de acordo com o estudo "Pensions at a glance 2025", da OCDE.
Na anterior edição deste estudo, publicada em 2023, a idade média normal de reforma futura em Portugal já estava a subir dos atuais 65,6 anos para os 68 anos, registando então um dos maiores aumentos entre os vários países da OCDE. O relatório revela que a idade média normal de reforma em 2024, no conjunto dos países da OCDE, era de 64,7 anos para os homens e de 63,9 anos para as mulheres, devendo aumentar em quase dois anos, para 66,4 anos no caso dos homens, e para 65,9 anos no caso das mulheres que entraram no mercado de trabalho em 2024, em pelo menos metade dos países da OCDE. Atualmente, a idade média normal varia entre os 62 anos na Colômbia, Grécia, Luxemburgo e Eslovénia - a Turquia é um caso atípico, com uma idade normal de reforma de 52 anos - e os 67 anos na Austrália, Dinamarca, Islândia, Israel, Países Baixos e Noruega.
Maduro proíbe TAP e outras companhias aéreas de voar para a Venezuela
Nicolás Maduro cumpriu a ameaça e revogou as autorizações de operação de várias companhias aéreas, nomeadamente a TAP, Avianca, Latam, Turkish Airlines, Colombia e Gol, avança a "Euro News. O Governo venezuelano acusou as várias companhias de se "unirem aos atos de terrorismo" promovidos pelos Estados Unidos. O ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, comentou a situação: "O governo nacional, numa decisão soberana, disse às companhias que se não retomassem os voos em 48 horas, não os retomam mais". Estas companhias tinham cancelado voos de e para Caracas depois de a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) ter recomendado, na passada sexta-feira, que as companhias aéreas comerciais "exercessem extrema cautela" ao sobrevoar a Venezuela e o sul das Caraíbas devido ao que considera "uma situação potencialmente perigosa na região".
TAP justifica cancelamento de voos
A TAP disse esta, quinta-feira, que a falta de condições de segurança, impostas pelos seus padrões internos e pelo regulador, não permite voar para a Venezuela de momento. "A TAP voa há quase 50 anos para a Venezuela e quer continuar a servir a comunidade e a diáspora nacional naquela região. Todavia, não o pode fazer de momento por falta de condições de segurança, impostas tanto pelos seus standards internos, como pela ANAC [Autoridade Nacional da Aviação Civil]", afirmou a companhia aérea (Expresso, texto da jornalista Mariana Rebocho)
Sector Empresarial do Estado e Regional 2023-2024
O Conselho das Finanças Públicas (CFP) publica o presente relatório sobre o Sector Empresarial do Estado e Regional, que analisa a situação económica e financeira das respetivas empresas no período 2023-2024. O SEE e o SER eram objeto de análise em publicações distintas, passando a partir deste documento a ser abordados de forma integrada, num único relatório, segundo critérios metodológicos harmonizados. O Sector Empresarial do Estado (SEE) reforçou o seu peso na economia e no emprego público, impulsionado pela integração de 31 novas unidades locais de saúde (ULS). Este crescimento traduziu-se num aumento da atividade e do valor acrescentado bruto, mas os resultados globais permaneceram negativos, refletindo fragilidades estruturais, sobretudo no setor da saúde. Apesar da melhoria dos indicadores financeiros, sustentada em boa parte pelo esforço do acionista, a existência de várias empresas em falência técnica compromete a sustentabilidade económico-financeira e aumenta o risco de pressões adicionais sobre as finanças públicas. O sector da saúde agravou significativamente os prejuízos, continuando a apresentar défices estruturais associados a subfinanciamento crónico e a custos com pessoal elevados. Estes fatores indicam elevada probabilidade de manutenção de resultados negativos no médio prazo, com impacto potencial na sustentabilidade financeira e na qualidade do serviço. Os transportes e outros sectores não financeiros registaram melhorias, beneficiando de ganhos operacionais e da reversão de imparidades. As empresas financeiras apresentaram um desempenho muito positivo, com destaque para a Caixa Geral de Depósitos, que reforçou a rendibilidade. O esforço financeiro do Estado diminuiu, refletindo uma menor necessidade de financiamento, apesar de persistirem desafios estruturais que exigem medidas urgentes que garantam eficiência e sustentabilidade.
Sobre a dupla cobertura em saúde
A dupla cobertura em saúde — ou seja, a coexistência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com um seguro ou subsistema de saúde privado — tem vindo a consolidar-se como uma característica estrutural do sistema de saúde português. Esta tendência reflete a crescente procura por alternativas ou complementos ao SNS, impulsionada por fatores como os tempos de espera, a personalização do atendimento e o acesso a determinadas especialidades. Os dados revelam que a percentagem de portugueses que recorrem simultaneamente, e de forma voluntária, ao SNS e a uma cobertura privada (seguro ou subsistema) tem vindo a aumentar de forma constante ao longo dos anos - de 26% em 2015, para 35% em 2023. Este crescimento atesta a insatisfação de uma parte da população com o serviço público.
A expansão da dupla cobertura levanta importantes questões sobre a equidade do acesso à saúde no país. Para os que têm dupla cobertura, esta dualidade representa uma garantia de resposta rápida e diversificada, mas, também, um duplo pagamento (através dos impostos para o SNS e do próprio bolso para os seguros ou subsistemas); para outros, sem capacidade financeira, o acesso aos cuidados de saúde é precário e permanece dependente exclusivamente do SNS, acentuando as disparidades. Com esta evolução, não é de estranhar que Portugal seja o 3.º país europeu da OCDE onde maior percentagem da despesa total em saúde é despesa privada (38%), ou seja, através dos seguros voluntários ou dos pagamentos do próprio bolso (out-of-pocket). Em suma, a dupla cobertura é um indicador da complexidade e das tensões do sistema de saúde: um serviço público universal sob pressão e um setor privado em expansão, com a população a procurar soluções híbridas para garantir a sua proteção (Mais Liberdade, Mais Factos)
Falando do crescimento económico em Portugal
O debate sobre o crescimento económico em Portugal ganha nova clareza quando analisamos o esforço necessário para o país alcançar, em apenas uma década, o nível de riqueza, por pessoa, das economias mais avançadas, em paridade de poderes de compra. Atualmente, o crescimento real do PIB per capita previsto para Portugal, pelo FMI, até 2030, ronda 1,8% ao ano, nível de crescimento que, na análise, se assumiu até 2034. Esse crescimento poderá ser suficiente para ultrapassar o Japão (cujo crescimento económico previsto pelo FMI será de 1,2% ao ano), no entanto, para recuperar o atraso face a grande parte das maiores economias mundiais, num horizonte de 10 anos, seriam necessárias taxas de crescimento superiores. Para atingir países como a Espanha, o Reino Unido ou a França, Portugal teria de crescer entre 2,1% e 2,7% por ano. O desafio torna-se mais acentuado quando o objetivo são economias como a Alemanha, a Dinamarca ou os Países Baixos; seria necessário um crescimento médio de 4,3%, 5,6% e 6,1% ao ano, respetivamente.
No topo estão economias ainda mais distantes: EUA e Suíça, ambas exigindo um crescimento anual na ordem dos 7% durante uma década — um patamar que ultrapassa largamente o crescimento observado nas economias avançadas, nas últimas décadas, e ainda mais em Portugal, e que colocaria o nosso país entre as economias de mais rápido crescimento do mundo. Convém realçar que esta não é uma análise estática: tal como foi considerada a estimativa de crescimento real do PIB per capita português, fez-se o mesmo exercício para os restantes países. Alguns destes países têm reduzidas expectativas de crescimento (por exemplo, a Suíça deverá crescer apenas 0,6% ao ano), pelo que o esforço reside na grande diferença económica atual entre Portugal e estas economias.
Este exercício evidencia a magnitude do desafio estrutural que o país enfrenta. O diferencial económico não é apenas uma questão conjuntural, mas sim um reflexo de décadas de produtividade baixa, investimento limitado e fraca capacidade de geração de riqueza. Para reduzir esse fosso, políticas públicas e privadas precisariam de convergir num esforço contínuo de qualificação, inovação, eficiência e competitividade. Em suma, alcançar algumas das economias mais avançadas não é impossível — o crescimento projetado pelo FMI poderá ser suficiente para ultrapassar o Japão e aproxima-se do necessário para chegar à Espanha — mas, para chegar mais além, exigiria um ritmo de crescimento sem precedentes na história recente do país (Mais Liberdade, Mais Factos)
Portugal com uma evolução das mais preocupantes da Europa em matéria de mortalidade materna
Nos últimos dez anos, Portugal registou uma das evoluções mais preocupantes da Europa em matéria de mortalidade materna. Segundo dados da OCDE ("Health at a Glance 2025"), o país foi o 2.º da Europa onde a mortalidade materna mais aumentou entre 2011-13 e 2021-23: passou de 5,2 para 14 mortes por 100 mil nascimentos, um crescimento de +8,8 pontos. Esta inversão é particularmente significativa, porque coloca Portugal como o 4.º pior país europeu, logo após países de leste, que não são propriamente referências em termos de cuidados de saúde, como a Letónia, a Roménia e a Hungria. A mortalidade materna é um indicador central da qualidade dos cuidados de saúde, da capacidade de resposta do sistema e das condições de acompanhamento da gravidez, parto e pós-parto. O agravamento verificado em Portugal sugere fragilidades acumuladas na organização dos serviços, dificuldades de acesso a cuidados obstétricos e pressão crescente sobre maternidades e seus profissionais.
Ao mesmo tempo, outros países europeus conseguiram evoluções positivas relevantes: a Islândia e a Irlanda reduziram drasticamente estes casos e eliminaram praticamente a mortalidade materna, e Turquia, Lituânia, Estónia, Suíça, Dinamarca, Eslováquia e Noruega, também apresentam melhorias bastante significativas. A tendência portuguesa, sendo recente e abrupta, exige atenção. O aumento da mortalidade materna não é apenas um alerta estatístico — é um sinal crítico sobre a capacidade do sistema de saúde proteger mulheres e recém-nascidos em momentos de maior vulnerabilidade (Mais Liberdade, Mais Factos)
Europa tem estado a perder peso económico no mundo
A Europa tem estado a perder peso económico no mundo — e as projeções para as próximas décadas mostram que esta tendência se irá acentuar de forma clara. Desde 1980, as maiores economias europeias têm descido consistentemente no ranking global, ao mesmo tempo que economias emergentes da Ásia e América ganham protagonismo. Em 1980, seis das quinze maiores economias do mundo eram europeias, incluindo Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Espanha e Países Baixos. Em 2024, o panorama mudou: embora Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Espanha se mantenham no top 15, a sua posição relativa é muito mais frágil. Apenas a Alemanha mantém a mesma posição (3.º), de 1980 ou 2000, todos os outros países caíram posições.
As projeções da Goldman Sachs para 2050 e 2075 tornam esta tendência ainda mais evidente. Em 2075, apenas três países europeus permanecem na lista das 15 maiores economias — e todos em posições mais baixas: Alemanha cai para 9.º, Reino Unido para 10.º, e França para 15.º. Após décadas de crescimento lento, baixo dinamismo demográfico, produtividade estagnada e menor capacidade de inovação comparativa, os países europeus tendem a perder influência económica e política no palco global. Em contraste, países como China, Índia, Indonésia, Nigéria, Paquistão, Egipto, Brasil, México e Filipinas assumem papéis centrais no século XXI. Muitos deles combinam crescimento demográfico, urbanização acelerada, mercados internos gigantescos e potencial de industrialização. A tendência parece ser estrutural e aponta para uma redefinição profunda da economia mundial: o peso da Europa continuará a diminuir, enquanto o futuro económico será cada vez mais moldado pela Ásia e pelo Sul Global (Mais Liberdade, Mais Factos)
Falando do 25 de Novembro
“[O 25 de novembro de 1975] é uma data tão importante, para a afirmação da democracia pluralista, pluripartidária e civilista que hoje temos, como a Revolução dos Cravos" — Mário Soares, num artigo de opinião na Visão a 1 de dezembro de 2010. No cinquentenário do 25 de Novembro de 1975, celebramos uma data fundamental para a estabilização e consolidação da transição democrática em Portugal, data em que se evitou um golpe de forças radicais de extrema-esquerda.
Um ano após a revolução de 25 de Abril de 1974, a sociedade portuguesa encontrava-se bastante dividida, existindo uma oposição clara entre aqueles que pretendiam prosseguir a revolução com o Movimento de Forças Armadas (MFA), incluindo o governo liderado por Vasco Gonçalves, e os que entendiam que o caminho se deveria fazer com os partidos políticos sufragados em eleições. Depois das eleições de Abril de 1975, acentuaram-se as divergências entre os diferentes projetos políticos, sendo que, nos meses seguintes, o país assistiria a uma série de episódios de violência de grupos ,mais ou menos organizados, da extrema-esquerda e da extrema-direita, e a ameaça de uma guerra civil era real. A 12 de Novembro de 1975, uma manifestação das forças de esquerda impede os deputados de saírem do parlamento durante dois dias, e na semana seguinte o governo entra em greve, por falta de condições para exercer o seu mandato. A 25 de Novembro toda esta tensão chega ao limite, com setores da esquerda radical a tentarem um golpe de estado, que acabou por ser frustrado pelos militares que se encontravam com o “Grupo dos Nove”, apoiados por um plano militar liderado por Ramalho Eanes.
Como tal, apesar da queda do Estado Novo – um passo fundamental no processo democrático e de liberdade –, Portugal ainda estava longe de ser considerado uma democracia plena, em 1975. Os principais estudos internacionais (como o do reputado instituto internacional V-Dem, sediado na Suécia, que produz o mais amplo estudo sobre esta matéria e que serviu de fonte a esta análise) ainda não classificavam Portugal como uma democracia durante o período do PREC. Só mais tarde, com o 25 de Novembro, se abriu o caminho para a normalização democrática, consubstanciada na aprovação de uma nova Constituição, a 2 de Abril de 1976, e na realização de eleições legislativas a 25 de Abril, presidenciais a 27 de Junho e autárquicas a 12 de Dezembro. O 25 de Novembro abriu as portas, para que Portugal passasse, finalmente, a ser reconhecido como uma democracia pluralista (Mais Liberdade, Mais Factos)
Portugal e a receita total do IVA
Portugal é um dos países europeus onde a receita total do IVA mais se afasta da receita hipotética, se todo o consumo fosse tributado à taxa normal, devido ao peso elevado de taxas reduzidas, isenções e exceções. Segundo dados da Comissão Europeia ("VAT Gap in the EU"), o país apresenta uma perda potencial de receita de 52% — um dos valores mais altos da União Europeia. Este desvio resulta, sobretudo, da combinação de taxas reduzidas ou diferenciadas, que representam 16% da perda, e de isenções que podem ser revistas politicamente, responsáveis por mais 6%. A estes fatores, somam-se ainda isenções difíceis de eliminar, muitas delas decorrentes de diretivas europeias, que pesam 30% na perda de receita estimada. O resultado é um sistema fiscal complexo, fragmentado e difícil de reformar.
Portugal é, portanto, um dos Estados com maior distorção fiscal em matéria de IVA na UE. A estrutura do IVA português está longe de garantir a neutralidade fiscal, penalizando a eficiência económica sem necessariamente promover melhores resultados sociais. Em vez de um instrumento claro e previsível, o IVA torna-se uma teia de políticas setoriais que dispersa receita e distorce decisões de consumo e investimento. Esta realidade torna significativamente mais difícil reduzir impostos de forma transversal, já que a multiplicidade de exceções limita a margem para baixar a taxa geral do IVA ou outros impostos.
De acordo com o relatório “A Política Fiscal Portuguesa a Caminho das Eleições de 2024”, da Tax Foundation, publicado pelo Instituto Mais Liberdade, “as justificações políticas para as taxas reduzidas e para as isenções tendem a ser redistributivas, uma vez que os agregados familiares com rendimentos mais baixos tendem a gastar uma parte maior do rendimento em alimentação e transportes públicos. No entanto, os dados mostram que estas medidas não são necessariamente eficazes na consecução dos seus objetivos políticos de redistribuição. Em vez disso, os governos deveriam seguir as recomendações da OCDE no sentido de implementar políticas mais eficientes e direcionadas, como transferências diretas para pessoas com baixos rendimentos” (Mais Liberdade, Mais Factos)
sexta-feira, novembro 28, 2025
Inglaterra vai introduzir taxa turística: o que muda para os viajantes
A introdução de uma taxa turística sobre pernoitas em Inglaterra poderá avançar em breve, após o Governo britânico autorizar os presidentes de câmara a criarem cobranças locais aplicáveis a hotéis, B&Bs, alojamentos de férias e outras unidades pagas. A taxa será apresentada como “modesta” e visa aproximar o país das práticas já adotadas na Escócia e no País de Gales. Segundo a ‘Euronews’, os responsáveis defendem que as receitas provenientes das pernoitas poderão apoiar melhorias nos transportes, nos espaços públicos, na programação cultural e na qualidade geral da experiência turística. Inglaterra recebe mais de 130 milhões de pernoitas por ano e o Executivo entende que um acréscimo limitado poderá gerar benefícios relevantes sem aumentar o esforço orçamental do governo central. A proposta ganha força numa altura em que outras regiões do Reino Unido avançam com mecanismos semelhantes. Edimburgo deverá aplicar, a partir de julho de 2026, uma taxa de 5 por cento sobre o custo do quarto por noite. No País de Gales, as autoridades locais poderão cobrar 1,30 libras por pessoa e por noite a partir de abril de 2027.
Depois de "porquinha", Trump insulta outra jornalista e diz que é "feia"
Trump não gostou de um artigo da jornalista Katie Rogers e recorreu às redes sociais para dizer que o jornal para o qual esta escreve só diz mentiras a seu respeito. Por fim, chama a profissional de "feia por fora e por dentro". Depois de chamar "porquinha" a uma repórter, Donald Trump voltou a insultar uma jornalista, desta vez através de uma publicação nas redes sociais. O presidente dos Estados Unidos da América (EUA) recorreu esta quarta-feira à sua página na rede social Truth Social para criticar uma peça jornalística feita por Katie Rogers, do The New York Times. Começando por considerar que este meio de comunicação social tenta recorrentemente criticá-lo ou pôr em causa o seu trabalho, Trump mostra-se indignado por uma peça recente desta jornalista em que se supõe que o presidente dos EUA está a perder "energia".
Italianos entram no capital da Impresa e ficam com participação de 32,9% por 17,3 milhões
Os italianos da MFE são os novos acionistas do grupo dono da SIC e do Expresso. A entrada é feita com uma posição minoritária através de uma aumento de capital e evita uma OPA. A Impresa, dona da SIC e do Expresso, tem novos acionistas. Em breve, à Mediaset Itália, Mediaset Espanha e ProSeibenSat.1 vai juntar-se a participação na Impresa no grupo MFE. O controlo do grupo fundado por Francisco Pinto Balsemão, e que nasceu com o Expresso, passa assim a ter como segundo maior acionista o grupo italiano Media For Europe, fundado por Silvio Berlusconi, que tem como desafio tornar-se o principal grupo de media da Europa.
Depois de avanços e recuos, e como avançou o ECO/+M, a operação será feita por aumento de capital na empresa cotada, a Impresa, com a entrada dos italianos com uma posição acionista de 32,934%, o que pode dispensar a obrigação de uma OPA. O aumento de capital é de 17,325 milhões e será subscrito na íntegra pela MFE. Francisco Pedro Balsemão mantém-se como CEO. Após a entrada do novo acionista, e de acordo com o acordo conhecido, o controlo da Impresa continuará a ser exercido pela Impreger, que passará a deter 33,7% do grupo, e cuja acionista maioritária é a Balseger, por sua vez detida em partes iguais pelos cinco filhos de Francisco Pinto Balsemão.
Curiosidades: E se um raio atingir um avião em voo o que acontece?
E se um raio atingir um avião em voo o que acontece? A resposta simples é: nada. O alumínio ou compósitos que revestem o avião funcionam como a Gaiola da Faraday (lembram-se?) fazendo com que a descarga que habitualmente entra pelo cockpit ou pelas extremidades das asas percorra a superfície e saia pela cauda. Não tem implicações na segurança de voo e raramente causa danos mas o fenómeno deve ser reportado para posterior inspeção. Por vezes são registados estragos de pouca monta na fuselagem. Segundo a IATA estatisticamente cada avião é atingido por um raio uma vez por ano. Que me lembre os aviões que pilotava terão sido atingidos umas duas ou três vezes ao longo de quase 40 anos de carreira. Nada de especial. O estrondo é brutal, especialmente quando o raio bate no cockpit, a sua "porta de entrada favorita". Pode causar encandeamento dos pilotos e alguma perturbação nos instrumentos, especialmente os da era analógica, mas a recuperação é habitualmente rápida. Nos voos de noite costumávamos acender todas as luzes do cockpit para limitar os efeitos do encandeamento. Nos últimos 50 anos não se registou um único acidente causado pelo impacto de uma descarga num avião comercial. Nada a recear (fonte: Facebook, O Aviador)
Curiosidades: uma fotografia icónica
Esta fotografia icónica captura um momento histórico nos primeiros dias da corrida espacial, mostrando cientistas da NASA resolvendo complexas equações de mecânica orbital em um grande quadro-negro. A imagem foi tirada em 1957 pelo fotógrafo J. R. Eyerman no Systems Lab Corp., na Califórnia. Os cientistas estavam trabalhando em equações para a órbita de um satélite, provavelmente em preparação para o lançamento do primeiro satélite dos Estados Unidos. A fotografia destaca o imenso esforço matemático e a capacidade de resolução de problemas necessários para a exploração espacial antes do uso amplo de computadores modernos. A imagem se tornou um símbolo de dedicação científica e é frequentemente associada ao papel fundamental do cálculo humano no programa espacial (Fonte: Facebook, Engineering Clarified e Matemágica)
Curiosidades: 27 homens desapareceram do mapa em, com eles, nasceu uma das maiores lendas do século XX
Era 5 de dezembro de 1945. O céu sobre o Atlântico rugia como uma fera desperta. O vento cortava o ar, as nuvens se acumulavam em muralhas escuras... e cinco bombardeiros-torpedeiros da Marinha dos Estados Unidos decolavam de Fort Lauderdale, na Flórida. Uma simples missão de treino. Nada além disso. Mas o destino, esse velho comandante invisível, tinha outros planos. No comando estava o tenente Charles C. Taylor, um veterano de guerra acostumado ao perigo. Sob as suas asas, quatro aeronaves o seguiam em formação, desaparecendo aos poucos na névoa do horizonte. Tudo parecia normal...até que algo mudou.
“Ambas as bússolas pararam. Não sei onde estamos". A voz de Taylor tremia no rádio. Era como se o céu tivesse engolido o norte. A cada minuto, o combustível diminuía. O mar, abaixo deles, era um abismo sem fim. Tentaram manter o rumo...mas o rumo havia desaparecido. O sol se escondeu. A chuva começou a cair. E o rádio, outrora cheio de vozes, foi tomado pelo silêncio. Às 19h04, uma última transmissão: “Estamos perdendo altitude...Se não voltarmos...parece que estamos entrando em águas brancas...”. Depois disso, nada mais. Nenhum eco. Nenhum destroço. Nenhum corpo.
O avião de resgate enviado para encontrá-los também explodiu no ar. Vinte e sete homens sumiram do mapa e com eles, nasceu uma das maiores lendas do século XX. Desde então, aquele pedaço do oceano, entre a Flórida, as Bermudas e Porto Rico, ganhou um nome que ecoa até hoje: O Triângulo das Bermudas. Um triângulo traçado não apenas no mapa, mas na mente humana, entre o medo, o mistério e o desconhecido. Do ponto de vista técnico/histórico, o Voo 19 é frequentemente citado em estudos de navegação, meteorologia, falhas humanas e os riscos de voar sobre o mar em condições adversas com instrumentos limitados (fonte: Facebook)
Curiosidades: o Lago Bokodi, Hungria
À primeira vista, parece uma pintura, mas é real. Essas são as Floating Houses of Lake Bokodi, um vilarejo flutuante na Hungria que encanta pela forma como se estende sobre as águas calmas do lago. Construídas sobre estacas de madeira, essas casinhas coloridas se ligam por passarelas sinuosas que criam um verdadeiro labirinto sobre a água. O mais curioso? O Lago Bokodi nunca congela, mesmo durante os invernos rigorosos da Europa. Isso acontece porque ele é alimentado pelas águas quentes de uma usina termelétrica próxima, o que cria um microclima único. Durante o inverno, quando tudo ao redor fica coberto de neve, essas casinhas permanecem refletidas nas águas líquidas, como se o tempo parasse por ali. Um refúgio para pescadores, sonhadores e quem busca beleza onde a natureza e a engenhosidade humana se encontram (fonte: Facebook)
Curiosidades: uma cidade que nasceu para não ser alcançada
No alto de um planalto solitário, a 1.400 metros acima do nível do mar, repousa uma das cidades mais impressionantes e misteriosas do norte do Iraque: Amadiyah. Quem olha de longe vê apenas um topo de montanha recortando o céu… mas lá em cima, isolada entre penhascos, vive uma cidade que desafia o tempo. Amadiyah não cresce para os lados, não existe para onde expandir. Cercada por abismos, guardada por cinco portões antigos, ela parece mais uma fortaleza suspensa do que uma cidade comum. Mas por que alguém escolheria viver num lugar tão inacessível? A história dos primeiros moradores revela a resposta.
Há séculos, povos perseguidos, tribos locais, famílias inteiras, grupos que fugiam de invasões, guerras e impérios em expansão, subiram a montanha para sobreviver. O mundo lá embaixo era instável, violento, imprevisível. Amadiyah se tornou um refúgio natural: quem chegasse lá em cima estaria protegido por paredes de pedra que nenhum exército poderia escalar facilmente. Ali, longe dos olhos dos conquistadores, ergueram templos, casas e muralhas. Criaram uma comunidade onde a vida seguia outro ritmo, guiada pelo silêncio das montanhas e pela vigilância constante dos vales abaixo. Muitos acreditavam que a própria posição da cidade era um presente divino, um lugar escolhido para aqueles que buscavam paz quando tudo ao redor era apenas guerra. E assim Amadiyah cresceu… mas nunca se espalhou.
Hoje, caminhar por suas ruas estreitas é como caminhar dentro de uma crônica perdida. Cada portão antigo guarda séculos de histórias. Cada rocha já viu chegarem refugiados, guerreiros, caravanas e reis. Uma cidade que nasceu do medo e se transformou num monumento de resistência. Uma fortaleza sobre as nuvens. Uma lenda viva do Oriente (fonte: Facebook)
Curiosidades: por muito tempo, esse lugar sagrado dormiu esquecido...
Sob as ruas movimentadas de Istambul existe um mundo que nasceu há mais de 1.480 anos, um reino subterrâneo onde o silêncio ecoava entre 336 colunas erguidas para sustentar o império. A Cisterna da Basílica foi construída no ano 532 d.C., durante o reinado do imperador Justiniano, quando a velha Constantinopla pulsava como o coração do mundo. Ali, entre sombras e gotas que caíam como relógios d’água, armazenava-se o que havia de mais precioso para uma cidade sitiada inúmeras vezes: água, trazida por quilômetros de aquedutos desde o Mar de Mármara. Cada coluna, cada arco e cada pedra parecia carregar o peso de séculos de batalhas, crenças e segredos.
Por muito tempo, esse lugar sagrado dormiu esquecido. Caminhantes passavam por cima dele sem imaginar o oceano silencioso escondido sob seus pés. E quando exploradores do século XIX e início do século XX finalmente desceram até lá, encontraram a cisterna ainda cheia, tão profunda que só era possível navegar em pequenas embarcações. A foto de 1930 revela justamente esse momento: um homem deslizando em um barco, cercado por colunas que parecem emergir de um reino perdido… como se tivesse descoberto uma catedral submersa.
E então chegamos a 2022. A antiga escuridão deu lugar à iluminação etérea, reflexos verdes e esculturas modernas que dialogam com o passado, mas sem apagá-lo. Ainda é o mesmo templo de pedra construído por Justiniano… apenas visto agora com novos olhos. A Cisterna continua ali, imóvel e eterna, lembrando ao mundo que a história não desaparece, ela apenas muda a forma como é iluminada (fonte: Facebook, Tché)
Curiosidades: o coração de um gigante do mar de 1805
Em 1805, enquanto a Europa ardia em guerras e impérios disputavam o domínio dos oceanos, havia um colosso de madeira que deslizava pelas águas com a força de uma nação inteira: o H.M.S. Victory. Mas poucos imaginam como era por dentro o coração dessa máquina de guerra que mudou a história.
- Cada centímetro desse casco escondia um mundo próprio:
- Barris de pólvora empilhados como nervos tensionados…
- Cordas, velas, munições e provisões organizadas com a precisão de um relógio…
- Canhões alinhados como trovões adormecidos, esperando apenas a ordem para despertar.
E acima de tudo, o som constante do mar batendo contra as pranchas, lembrando a cada homem que a batalha não era apenas contra o inimigo, mas contra o próprio oceano. Foi nesse navio que o Almirante Nelson comandou a lendária Batalha de Trafalgar, o dia em que a marinha britânica selou seu domínio sobre os mares.
E aqui, diante dessa maquete detalhada, vemos não apenas madeira esculpida, mas um retrato fiel do que mantinha esse gigante vivo: disciplina, estratégia e coragem. Hoje, o que você observa na imagem é mais do que uma réplica. É uma janela aberta para 1805. Um corte perfeito revelando a alma de um navio que escreveu seu nome na história (fonte: Facebook, Tché)
Opinião: Um governo entalado (Açores)
Por estes dias José Manuel Bolieiro é Presidente de um governo entalado pela SATA e pela República. O longo processo de privatização da SATA desembocou naquilo que prevíamos há cerca de um ano: uma enorme trapalhada, gerida de forma incompetente e que está a provocar estragos óbvios na popularidade da coligação. Seja qual for o desfecho, a avaliação deste processo já não pode ser positiva em qualquer perspectiva.
O processo foi mal conduzido e o desfecho será igualmente mau, porque o governo encurralou-se a si próprio no emaranhado das negociações e num caderno de encargos que nunca devia ter existido tal como está redigido. Bastava aprender com o processo de reprivatização da TAP, em que não há concurso nenhum, mas negociações directas com as partes interessadas, avaliando quem está em melhores condições para responder aos requisitos impostos pelo governo, que obrigam que o investidor seja uma entidade idónea, com capacidade financeira, detendo a qualidade de operador aéreo certificado e com uma dimensão mínima aferida por indicadores financeiros.
Ao invés, optamos por apostar no escuro, na esperança de que iriam aparecer diversos investidores, estando agora o Governo Regional capturado pelo único consórcio interessado, que até já impõe condições, depois de ter sido afastado pelo governo, novamente repescado após ameaça de queixa judicial, e agora já a negociar com os trabalhadores, sabendo que a "mochila pesada" vai acabar por ser assumida por todos nós contribuintes açorianos.
Bruxelas alerta que crise habitacional cria “novos desafios” sociais em Portugal
“Apesar de algumas melhorias, a eficácia do sistema de proteção social em atenuar os riscos de pobreza e reduzir desigualdades continua baixa, e surgiram novos desafios no setor da habitação”, indica o executivo comunitário, num relatório sobre a dimensão social e emprego, divulgado no âmbito do pacote de outono do Semestre Europeu. A Comissão Europeia alertou para “novos desafios” relacionados com a crise habitacional que aumentam os riscos de pobreza e de desigualdade social em Portugal, dado haver mais pessoas com encargos excessivos de habitação.
“Apesar de algumas melhorias, a eficácia do sistema de proteção social em atenuar os riscos de pobreza e reduzir desigualdades continua baixa, e surgiram novos desafios no setor da habitação”, indica o executivo comunitário, num relatório sobre a dimensão social e emprego, hoje divulgado no âmbito do pacote de outono do Semestre Europeu. Em concreto, de acordo com Bruxelas, no ano passado a proporção da população com encargos excessivos de habitação em Portugal foi de 6,9%, ainda abaixo da média comunitária de 8,2%, mas um dos maiores aumentos da União Europeia (UE), de dois pontos percentuais. Esta é, assim, “um indicador a acompanhar”, adianta a instituição, justificando-o com “aumento contínuo dos preços da habitação e das rendas nos últimos anos”.
quinta-feira, novembro 27, 2025
Venezuela: Trump abre a porta a negociações com Maduro em contexto de tensões
O Presidente norte-americano, Donald Trump, abriu a porta a negociações com o homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, no contexto de crescentes tensões e recentes bombardeamentos de Washington de embarcações nas Caraíbas e no Pacífico. Essas operações militares dos Estados Unidos, justificadas com a necessidade de combater o tráfico de droga, também fizeram aumentar o receio de uma eventual intervenção ou ataque norte-americano em território venezuelano.
Açores e Madeira recebem “prenda” de 150 milhões para redução da dívida
O Estado central vai transferir, de forma extraordinária, 150 milhões de euros para as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, destinados exclusivamente à redução da dívida total dos dois arquipélagos. O montante será repartido de forma equitativa. A proposta do PSD e CDS tem por objetivo “a redução da dívida das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, de forma a assegurar que a dívida de ambas as regiões, em 2026, se reduza, tendo como referência os 60% do Produto Interno Bruto Regional”, lê-se no documento votado e aprovado nesta segunda-feira na Assembleia da República.
A viabilização da iniciativa foi reconfirmada depois de ter sido avocada em plenário pelos partidos, tendo tido já ‘luz verde’ na sexta-feira nas votações na especialidade do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP). A redução da dívida das duas regiões potenciará, de forma indireta, uma melhor notação financeira (a Madeira e os Açores têm ratings próprios) e, em consequência, menor custo no acesso aos mercados financeiros. A proposta, escrevem os seus autores, vai ao encontro da intenção do Governo de rever a Lei das Finanças Regionais, “a qual foi aprovada num contexto de enorme exigência orçamental e que agora carece de uma revisão, nomeadamente no domínio das transferências orçamentais de forma a assegurar uma maior justiça, equidade e coesão”. A votação da proposta de alteração à proposta do Orçamento do Estado mereceu a abstenção do Chega, da Iniciativa Liberal e do PCP. As demais forças políticas votaram favoravelmente (ECO online, texto do jornalista Alexandre Batista)
Bruxelas alerta Portugal para incumprimento na despesa de médio prazo
Após ter em conta a flexibilidade proporcionada pela cláusula de escape nacional, a Comissão Europeia calcula um desvio acumulado de 0,7 pontos no crescimento da despesa líquida. A Comissão Europeia alertou esta terça-feira Portugal que o crescimento da despesa líquida em 2026, em termos acumulados, é superior à taxa de crescimento máxima recomendada pelo Conselho. Deste modo, o Governo português corre o risco de ultrapassar materialmente o teto estipulado no plano de médio prazo.
Na apreciação ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), a Comissão Europeia indica que, de acordo com a sua previsão de outono de 2025, que tem em conta a proposta orçamental, a despesa líquida de Portugal deverá aumentar 5,8% em 2025, valor superior à taxa de crescimento máxima de 5% recomendada pelo Conselho. Uma evolução que corresponde a um desvio de 0,3 pontos do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. Para 2026, Bruxelas estima que a despesa líquida deverá aumentar 5,2%, valor superior à taxa de crescimento máxima de 5,1% recomendada pelo Conselho, correspondendo a um desvio inferior a 0,1 ponto percentual do em 2026.
Canárias: el gobierno prepara una posición común del Parlamento contra el “disparate” del marco financiero de la UE
El presidente de Canarias, Fernando Clavijo, ha agradecido a todas las fuerzas parlamentarias la unidad que han mostrado contra el “disparate” que, a su juicio, son los planes presupuestarios de la Comisión Europea para el periodo 2028 a 2034, que supondrían, según él, acabar con el estatus de las regiones ultraperiféricas (RUP) y, de facto, expulsarlas de la Unión. Clavijo, en una comparecencia en el pleno del Parlamento, ha anunciado que el ejecutivo canario enviará una comunicación a la Cámara para suscribir una posición común y defender los intereses de Canarias en el nuevo presupuesto comunitario ante las autoridades europeas y españolas.
Europa no sólo planea recortar los fondos para dedicarlos a defensa, sino además modificar su reparto para que sean los estados miembros los que los distribuyan internamente, lo que afectaría a la financiación europea para Canarias y las regiones ultraperiféricas, en especial el Posei, el programa de ayudas al sector primario. “Nos jugamos regresar a una Canarias pobre y aislada o continuar un proceso de convergencia con España y con la Unión Europea”, ha advertido Clavijo.
El presidente ha confiado en que en el marco del Consejo Europeo los tres países con regiones ultraperiféricas (Francia, Portugal y España) rechacen ese marco financiero, como ya ha hecho el primer ministro francés, y ha recordado que así se lo ha pedido por escrito al presidente del Gobierno, Pedro Sánchez.














































