O Conselho de Redacção (CR) da Lusa deu parecer negativo à nomeação de Mafalda Avelar para ocupar o lugar
de subdirectora da agência de notícias. A decisão foi tomada por unanimidade e
não é vinculativa. No comunicado divulgado internamente, o órgão considera que
Mafalda de Avelar não tem experiência de redacção, uma vez que fez uma grande
parte da sua carreira em regime de colaboração com vários órgãos de informação,
nem de chefia. “O CR, atendendo ao currículo da jornalista e ao lugar que vai
ocupar, entendeu dar parecer negativo, por unanimidade. O CR considera que
falta ao nome proposto experiência de chefia e de trabalho em redacção”, lê-se
no comunicado a que o PÚBLICO teve acesso. O CR lembra que o director de
informação da Lusa, Pedro Camacho, considera que Mafalda de Avelar "tem o
perfil indicado para o actual momento" e que a empresa "precisa de
alguém com as características da jornalista: experiência na área da economia,
experiência na área internacional e experiência na negociação de programas
comunitários”. Este não foi contudo o entendimento dos membros do CR.
O parecer
agora dado não tem carácter vinculativo, dado que se trata de um órgão
consultivo. Mafalda de Avelar foi escolhida para substituir Vítor Costa,
ex-subdirector da Lusa que é, actualmente, um dos directores-adjuntos do
PÚBLICO. Formada em Economia, a jornalista colaborou com vários órgãos de
comunicação social do Brasil, foi apresentadora do programa semanal
"Ideias em Estante", na ETV, e é colunista da revista do Correio da
Manhã. O CR da Lusa foi ainda chamado a pronunciar-se sobre a contratação do
jornalista Jorge Afonso da Silva para a editoria País. Neste caso, o conselho
considera a admissão “uma mais-valia para a redacção, dado que o jornalista tem
provas dadas na agência”. Mas alerta para a “situação precária em que se
encontram outros jornalistas da agência e espera que alguns casos, ou de
preferência todos, possam ser resolvidos o mais brevemente possível”. O CR deu
também parecer favorável à contratação do jornalista João Pimenta para delegado
em Pequim. Contudo, sublinhou que que a nomeação de um delegado para Pequim
“deveria ser feita por concurso, à semelhança de outras delegações” e lembrou a
importância de haver um reforço da presença da Lusa em Paris, Nova Iorque e
Brasil (Público)
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